Fernando Bisker
Respondendo a pedidos, e dando sequência à série de artigos sobre misticismo, abordemos um tema que seguramente despertará o interesse de muitos - a quiromancia e sua interpretação sob a luz do milenar conhecimento judaico.
Está escrito no Zohar (Itró 76a -Matok MeD’vash) que existem mundos espirituais superiores, aos quais o céu encobre e serve de “vestimenta”. Assim, aquilo que já foi decidido nos mundos superiores - decretos, por exemplo, relativos ao mundo em que vivemos - encontra-se codificado no céu, através dos astros.
Da mesma forma, a nossa pele - que é a cobertura superficial de nosso corpo - assim como o céu para os mundos superiores, contém códigos nela gravados através de sinais e traços. Assim como as estrelas no céu, estes sinais podem revelar segredos ocultos sobre a Providência Divina, e traçar o paralelo com o ser espiritual. Através da sabedoria de como decifrá-los, é possível atingir níveis muito profundos de conhecimento.
Os sinais fixos no corpo de uma determinada pessoa revelam as características mais inerentes à sua personalidade. Contudo, lhe é concedido - de fato, a todos os seres humanos - o poder de superar-se e decidir atuar contra as suas tendências. Sempre haverá a possibilidade de esforçar-se, suplantar suas inclinações, e optar em favor daquilo que é correto, mesmo que a decisão entre em conflito com suas tendências naturais. Através deste rompimento de barreiras, esta pessoa estará aprimorando-se e caminhando em direção ao crescimento espiritual (Matok MeD’vash em nome do Ramak).

É possível analisar alguém observando seus cabelos, o formato da testa, dos olhos, do nariz. Estas características são estáticas, não são suscetíveis a mudanças através dos atos cometidos durante a vida. Não obstante, existem sinais que alteram-se de acordo com nossos atos, entre eles os traços da mão, as linhas da testa e o formato do rosto. Através da leitura correta destes sinais, é possível conhecer o nível espiritual de cada um. Na mesma proporção, alguém que num primeiro momento age de forma incorreta - e que subsequentemente arrepende-se dos erros do passado e reinicia um ciclo em direção àquilo que é correto - pode observar suas linhas da mão deslocando-se.
Segundo o Rabino Shterenbuch shlit”a em seu livro Tshuvót Ve Hanagót, mesmo que não exista uma proibição específica quanto à leitura das mãos, devemos saber que todo o nosso futuro depende de nossos atos e da conexão que estabelecemos com o Criador. Portanto, não seria aconselhável, de forma alguma, focar-se na leitura das mãos. Acima de tudo, deve-se confiar em D’us, comunicar-se diretamente com Ele - sem intermediários - já que tudo está sob Seu controle. Além disso, é preciso buscar o aprimoramento através da ajuda ao próximo, realizando boas ações.
A essência da quiromancia não é a especulação a respeito do outro. Em contrapartida, a quiromancia pode ser um instrumento, uma ponte que permite o acesso aos níveis superiores de entendimento, uma vez que tudo o que se encontra no corpo humano pode revelar os métodos de atuação do Criador nos planos espirituais que transcendem nossa percepção mundana.
(Ór Hachaim no começo da Parashá Itró em nome doRamak). Toda a criação, assim como o mecanismo de atuação do Criador em relação a ela, faz um paralelo ao corpo do ser humano. Todo o mundo é um “grande corpo”, e o ser humano é um “pequeno mundo” (microcosmo), e não há nada que esteja em um, para o qual não exista um paralelo no outro (Ramchal, Kinat H”T).
Fonte: "A Mística na Prática - Não brinque com o fogo" - Rav. Shimshon Bisker

Está escrito no Zohar (Itró 76a -Matok MeD’vash) que existem mundos espirituais superiores, aos quais o céu encobre e serve de “vestimenta”. Assim, aquilo que já foi decidido nos mundos superiores - decretos, por exemplo, relativos ao mundo em que vivemos - encontra-se codificado no céu, através dos astros.
Da mesma forma, a nossa pele - que é a cobertura superficial de nosso corpo - assim como o céu para os mundos superiores, contém códigos nela gravados através de sinais e traços. Assim como as estrelas no céu, estes sinais podem revelar segredos ocultos sobre a Providência Divina, e traçar o paralelo com o ser espiritual. Através da sabedoria de como decifrá-los, é possível atingir níveis muito profundos de conhecimento.
Os sinais fixos no corpo de uma determinada pessoa revelam as características mais inerentes à sua personalidade. Contudo, lhe é concedido - de fato, a todos os seres humanos - o poder de superar-se e decidir atuar contra as suas tendências. Sempre haverá a possibilidade de esforçar-se, suplantar suas inclinações, e optar em favor daquilo que é correto, mesmo que a decisão entre em conflito com suas tendências naturais. Através deste rompimento de barreiras, esta pessoa estará aprimorando-se e caminhando em direção ao crescimento espiritual (Matok MeD’vash em nome do Ramak).

É possível analisar alguém observando seus cabelos, o formato da testa, dos olhos, do nariz. Estas características são estáticas, não são suscetíveis a mudanças através dos atos cometidos durante a vida. Não obstante, existem sinais que alteram-se de acordo com nossos atos, entre eles os traços da mão, as linhas da testa e o formato do rosto. Através da leitura correta destes sinais, é possível conhecer o nível espiritual de cada um. Na mesma proporção, alguém que num primeiro momento age de forma incorreta - e que subsequentemente arrepende-se dos erros do passado e reinicia um ciclo em direção àquilo que é correto - pode observar suas linhas da mão deslocando-se.
Segundo o Rabino Shterenbuch shlit”a em seu livro Tshuvót Ve Hanagót, mesmo que não exista uma proibição específica quanto à leitura das mãos, devemos saber que todo o nosso futuro depende de nossos atos e da conexão que estabelecemos com o Criador. Portanto, não seria aconselhável, de forma alguma, focar-se na leitura das mãos. Acima de tudo, deve-se confiar em D’us, comunicar-se diretamente com Ele - sem intermediários - já que tudo está sob Seu controle. Além disso, é preciso buscar o aprimoramento através da ajuda ao próximo, realizando boas ações.
A essência da quiromancia não é a especulação a respeito do outro. Em contrapartida, a quiromancia pode ser um instrumento, uma ponte que permite o acesso aos níveis superiores de entendimento, uma vez que tudo o que se encontra no corpo humano pode revelar os métodos de atuação do Criador nos planos espirituais que transcendem nossa percepção mundana.
(Ór Hachaim no começo da Parashá Itró em nome doRamak). Toda a criação, assim como o mecanismo de atuação do Criador em relação a ela, faz um paralelo ao corpo do ser humano. Todo o mundo é um “grande corpo”, e o ser humano é um “pequeno mundo” (microcosmo), e não há nada que esteja em um, para o qual não exista um paralelo no outro (Ramchal, Kinat H”T).
Fonte: "A Mística na Prática - Não brinque com o fogo" - Rav. Shimshon Bisker
Aproveitando a oportunidade, gostaria de saber como mantenho contato com o Rav. do material exposto?
ResponderExcluirTem um site que trata sobre esse assunto de um modo bem abrangente e, de fato, pautado pela perspectiva judaica. Recomendo:
ResponderExcluirhttp://www.spiritualsecrets.info/palmistry/spirituallaws.html