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Israel negocia com EUA congelamento de construções em troca de espião preso

Apesar de repetidos anúncios do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, de que o congelamento das construções em áreas ocupadas vai terminar na data planejada --final de setembro--, um novo cenário parece estar em jogo. 

Uma extensão de três meses nesse prazo poderia ser anunciada em troca da libertação do americano Jonathan Pollard, preso há quase 25 anos por espionar para Israel. A ideia teria partido não de Washington, mas de membros da equipe de Netanyahu, informa a imprensa local. 

A extensão da moratória às construções é, no momento, o maior obstáculo para as negociações de paz que israelenses e palestinos iniciaram, sob a tutela de Washington, em 2 de setembro. 

A Rádio do Exército de Israel informou, na manhã desta segunda-feira, que Netanyahu pediu que um especialista no conflito no Oriente Médio sondasse se governo Obama teria interesse no acordo, segundo o site israelense "Arutz Sheva". A identidade desse especialista não foi revelada, nem se houve algum retorno dos EUA sobre a ideia. 

O escritório do premiê israelense negou o relato por meio de um comunicado: "Não sabemos de nenhuma consulta aos EUA sobre o assunto. O primeiro-ministro não mudou de opinião, e o congelamento vai terminar em 26 de setembro", informa o site. 

Ex-analista da inteligência da Marinha, Pollard --que é judeu-americano-- trabalhou como espião para o governo israelense. A condenação dele à prisão perpétua em 1987 provocou uma grave crise diplomática entre os dois países. Ele foi acusado de vender milhares de documentos secretos a Israel enquanto trabalhava para a Marinha dos EUA. 

NEGOCIAÇÕES
 
Os palestinos ameaçaram deixar as negociações de paz se as construções de assentamentos judeus forem retomadas --as obras estão congeladas até final de setembro. Os assentamentos ficam em território ocupado por Israel na guerra de 1967, onde os palestinos querem estabelecer seu futuro Estado. 

Cerca de 300 mil israelenses vivem dispersos entre 2,5 milhões de palestinos na Cisjordânia. Outros 200 mil israelenses vivem em Jerusalém Oriental, a parte da cidade santa que os palestinos querem para sua capital. 

Os negociadores de israelenses e palestinos também enfrentam uma série de outras questões que já minaram as negociações no passado: a localização da fronteira entre Israel e o futuro Estado palestino, o destino de refugiados palestinos e a disputa por Jerusalém.

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