Sentindo a necessidade crescente de apoio espiritual, mais da metade das faculdades de medicina nos Estados Unidos já incluem cursos de Espiritualidade e Medicina em seus currículos.
Embora a ciência ainda não tenha compreendido inteiramente a relação benéfica entre religiosidade e cura, pessoas de diversas crenças tomam a dianteira, levando o conforto da religião àqueles que enfrentam situações difíceis.
E o Judaísmo, o que oferece como resposta à dureza da fragilidade humana? Para aprofundar-se sobre essa questão, formou-se há quatro anos o Núcleo de Healing e Bikur Cholim da Comunidade Shalom, em sincronia com a busca global por um resgate da espiritualidade e com o Tikun Olam (consertar o mundo).
A raiz da palavra Healing (cura) vem do anglo-saxão haelen, que significa estar ou tornar-se inteiro, íntegro. O conceito, portanto, abrange não apenas a cura física, mas também uma força inerente à vida, cujo movimento se orienta em direção à reorganização corpo-mente-espírito.
É a invocação de uma das qualidades mais poderosas do ser humano: a resiliência - ou, para usar outra palavra em voga, a auto-cura. Os estudos do núcleo geraram frutos excepcionais.
Aprofundando-se na leitura de textos judaicos, descortinam-se dentro de nossa tradição recursos poderosos, capazes de criar uma atmosfera promovedora de Healing, como a mitzvá de Bikur Cholim' (visitar os doentes), salmos, preces, rituais e a simbologia das festas do calendário, que favorecem a reconexão de cada um com suas raízes, com o Divino e com a Comunidade.