JERUSALÉM- Um dia após um confronto entre militares israelenses e libaneses ter deixado pelo menos cinco pessoas mortas na fronteira entre os dois países, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que seu país responderá "com força" a qualquer tentativa de ataque contra seus cidadãos.
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, 4, o primeiro-ministro israelense afirmou que o país foi alvo de três ataques nos últimos dias, citando, além do confronto com as tropas libanesas, dois ataques que atribuiu ao grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Advertindo tanto o Hamas como o governo do Líbano, Netanyahu afirmou que eles "não devem testar a determinação" de Israel "em defender seus cidadãos e soldados".
"Eu quero deixar claro ao Hamas e ao governo libanês que nós os consideramos responsáveis por provocações violentas contra nossos soldados. Não testem nossa determinação em defender os cidadãos e soldados de Israel", disse Netanyahu.
"Nossa política é clara, Israel responde e continuará respondendo com força a qualquer ataque", afirmou o primeiro-ministro.
Tensão
As declarações foram feitas em um momento em que a tensão entre Israel e Líbano aumentou, após o incidente na fronteira entre os dois países.
Nesta quarta-feira, um porta-voz das Forças de Paz da ONU na região, Unifil, afirmou que os soldados de Israel estavam no lado israelense da fronteira com o Líbano quando entraram em confronto com militares libaneses.
A afirmação contraria a versão do governo do Líbano, que afirma que os soldados israelenses invadiram seu território, o que teria levado ao início dos choques que mataram três soldados libaneses e um jornalista do país, além de um militar israelense.
O tiroteio foi o pior incidente de violência entre israelenses e libaneses desde 2006, quando as forças de Israel lançaram uma ofensiva contra o Hezbollah no Líbano.
Após a divulgação das conclusões das Forças de Paz da ONU, o Departamento de Estado americano afirmou que as forças libanesas agiram de forma "injustificada" no incidente e pediu moderação a ambas as partes.
"Os tiros das forças armadas libanesas foram totalmente injustificados e sem razão", disse o porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley.