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Militantes incendeiam acampamento de verão da ONU em Gaza

Atiradores palestinos mascarados atearam fogo nesta segunda-feira a um acampamento de verão da ONU (Organização das Nações Unidas) na faixa de Gaza, disseram autoridades e testemunhas. Este foi o segundo ataque do tipo em pouco mais de um mês.

Cerca de 25 militantes invadiram a unidade de recreação e atacaram guardas de segurança antes de incendiar uma das construções, disse o porta-voz da ONU, Adnan Abu Hasna.

Em 23 de maio, atiradores incendiaram um prédio depois de acusar as Nações Unidas de promoverem a imoralidade no território que está sob domínio islâmico.
John Ging, diretor para operações na faixa de Gaza da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), disse que o ataque foi um "ato covarde e desprezível".
 
"A UNRWA irá reconstruir o acampamento imediatamente e continuará seu programa de jogos verão que é tão importante para o bem-estar físico e psicológico das crianças de Gaza, muitas das quais estão estressadas e traumatizadas por suas circunstâncias e experiências", disse ele em comunicado.
 
Em grave crise financeira, a agência presta serviços a 4,7 milhões de refugiados palestinos no mundo árabe e organiza a cada ano acampamentos de verão na praia mediterrânea de Gaza, território controlado pelo grupo islâmico palestino Hamas desde 2007. No acampamento, cerca de 250 mil crianças podem participar de oficinas de artes, esportes e outras atividades.
 
Ninguém reivindicou a autoria do ataque, assim como ocorreu no primeiro incêndio, mas é provável que tenha sido ataque de extremistas islâmicos que se opõem aos acampamentos da ONU como anti-islâmicos.

Dois dias antes do primeiro ataque, um grupo militante autointitulado "Os Livres da Pátria" divulgou um comunicado criticando a UNRWA por "ensinar ginástica, dança e imoralidade a meninas".

Muçulmanos fundamentalistas, ou Salafis -- cujo objetivo de uma guerra global ou santa contra o Ocidente entra em conflito com os objetivos nacionalistas do Hamas -- aumentaram os ataques contra a faixa de Gaza nos últimos meses, tendo como alvo guardas de seguranças e sedes do grupo.

O Hamas também aumentou a repressão contra comportamentos e eventos que considera imorais e em abril enviou suas forças de segurança para interromper o primeiro grande show de hip-hop em Gaza.

O Hamas tomou o poder da faixa de Gaza das mãos do movimento secular Fatah, do presidente palestino, Mahmoud Abbas, durante confrontos em 2007. Israel, junto com Egito, fortaleceu o bloqueio sobre o território tomado pelo Hamas.

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