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A questão das casas na cidade mais disputada do mundo

Gustavo Chacra

A ocupação de casas em Sheikh Jarrah, uma área palestina em Jerusalém Oriental, poderá ter consequências graves para Israel se não for revista, conforme alertam uma série de analistas israelenses e nos Estados Unidos. Os palestinos que viviam nestas habitações foram despejados recentemente com o argumento de que, até 1948, elas pertenciam a judeus. E, neste período, especialmente depois de 1967, quando voltou para as mãos de Israel, os palestinos não pagaram aluguel aos antigos donos ou seus descendentes.

O problema é que estas famílias palestinas viviam em casas em Jerusalém Ocidental até 1948. Logo, eles, e outras dezenas de milhares de palestinos, podem usar o episódio como precedente para cobrar 62 anos de aluguel na Justiça israelense ou exigir a desocupação dos imóveis pelos atuais donos judeus na parte judaica da cidade ou mesmo no restante de Israel. Isto é, se os judeus podem reivindicar suas casas em Jerusalém Oriental, os palestinos também podem em Jerusalém Ocidental.

Juristas israelenses alertam para o risco e pedem que as casas sejam devolvidas aos palestinos. Até agora, as autoridades de Israel não tomaram uma decisão sobre o problema. Enquanto isso, os palestinos, com a ajuda de milhares de israelenses, protestam todos os dias contra o despejo das famílias palestinas em Sheikh Jarra.

Desta vez, entre os manifestantes israelenses, não estão apenas os ativistas vistos em Budrus e outras vilas. São, em muitos casos, apenas algumas pessoas que sabem dos riscos do episódio de Sheikh Jarrah para o futuro de Israel como Estado judaico. Moderados israelenses percebem que, neste caso, eles estão mais próximos dos palestinos do que de radicais de Israel.

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