Osias Wurman
A Independência do Estado de Israel foi declarada por David Ben Gurion no dia 14 de maio de 1948. Neste 14 de maio, o Presidente Lula estará chegando ao Irã para encontrar-se com Mahmoud Ahmadinejad. Ahmadinejad é, atualmente, o maior e mais virulento inimigo existencial do Estado de Israel, pregando abertamente a destruição do Estado Judeu, que comemora os seus 62 anos de existência nesta semana.
Ironia do destino, Lula estará “comemorando” a materialização parcial da decisão da ONU de novembro de 1947, a “Partilha da Palestina”, em seção presidida pelo eminente brasileiro Oswaldo Aranha, com aquele que deseja varrer Israel do mapa, uma das criações modernas e bem sucedidas das Nações Unidas. Vozes com credibilidade na imprensa nacional e internacional, tem estressado a inconveniência da aproximação de Lula com Ahmadinejad.
Outros advertem para as sanções internacionais contra o Irã que poderão contaminar empresas brasileiras que vierem a negociar com entidades iranianas sob interdição. Será que Lula tem na manga uma carta tão poderosa e eficiente que garanta uma intervenção brasileira junto à uma figura tão repudiada pelo mundo civilizado? Ou será que o nosso presidente será usado, inocentemente, para ajudar a protelar as sanções internacionais contra a fabricação da bomba atômica iraniana.
Vale lembrar que o regime de Ahmadinejad tem como inimigos internos os estudantes, intelectuais, jornalistas, cineastas, Ba’hais, homossexuais, mulheres liberais e dissidentes políticos. Não existe qualquer afinidade política ou de caráter entre Lula e Ahmadinejad, e o povo brasileiro acompanha com sentimento de pesar e profunda solidariedade a todos os oprimidos pelos atos de barbárie praticados pela Guarda Revolucionária.
Lula vai visitar um tirano, belicista, revisionista do Holocausto e inimigo anti-democrático do Ocidente, no dia da proclamação da independência do Estado Judeu, a maior democracia do Oriente Médio: Ironias da vida!
