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Rahm irá a Israel

Há rumores de que Obama provará que fala sério sobre a paz no Oriente Médio enviando seu chefe de gabinete "Rahmbo" a Israel

Circula o rumor em Israel de que Rahm Israel Emanuel, o chefe de gabinete do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, virá ao país em breve.

Em inglês, o nome de Rahm pode ser traduzido como “exaltado”, “enaltecido”, fanático ou “irritável”, enquanto Emanuel significa “O Senhor Conosco”. Há pessoas nos EUA que o enfrentaram e preferem qualificá-lo de pitbull - que nunca larga o osso.

Por causa dessa fama, muita gente em Israel receia o rumor, porque, se Obama realmente enviar Rahm para Israel, será para fazer israelenses e palestinos entenderem de uma vez por todas que é sério seu plano de alcançar uma solução para o conflito entre israelenses árabes no máximo em dois anos, quando estará empenhado na campanha por sua reeleição.

Quem é o Rahm?

Antes de assumir como chefe de gabinete de Obama, Rahm era, desde 2003, deputado pelo quinto distrito congressional do Estado de Illinois. Chicago, onde nasceu, é a segunda maior cidade dos EUA, e Rahm já confessou que se candidatará à prefeitura local quando deixar a Casa Branca.

O chefe de gabinete de Obama nunca foi modesto em suas ambições.

Seu pai, Benjamin, pediatra nascido em Jerusalém, casou-se com Marsha, judia de Chicago, onde se conheceram nos anos de 1950. Benjamin era membro do Likud, partido de direita de Israel, enquanto Marsha era filha de importante líder sindical de Chicago, posição de influência política.

Com Rahm, o casal, cujo sobrenome original era Averbach, teve três filhos. O sobrenome Emanuel foi adotado em homenagem a um irmão de Benjamin morto nas lutas entre árabes e judeus antes da criação de Israel, em 1948.

A mãe de Rahm insistiu e ele concordou em estudar balé. Graduou-se em famosa escola de dança. Ele ganhou uma bolsa para o Joffrey Balé, mas não a aceitou para estudar na Faculdade Sarah Lawrence, escola de artes onde havia quatro garotas por garoto e ênfase no programa de danças. Após formar-se na Sarah Lawrence, transferiu-se para a Universidade de Northwestern, onde fez mestrado em Discurso e Comunicação.

Como a maioria dos jovens, alinhou-se a campanhas políticas. Durante a Guerra do Golfo dos Estados Unidos para expulsar o Iraque do Kuait, Rahm, que tem dupla nacionalidade, serviu como voluntário em Israel na manutenção de equipamentos militares. Casou-se com Amy Rule, cristã convertida ao judaísmo, e com ela tem um garoto e duas meninas.

Rahm começou suas atividades políticas levantando recursos para campanhas, e chegou a tesoureiro da vitoriosa campanha do democrata Richard Daley para prefeito de Chicago. Depois, empenhou-se na campanha presidencial de Bill Clinton que, eleito, nomeou-o assessor para a Casa Branca.

Rahm tem a fama de não ter dó em campanhas. Essa fama até lhe rendeu o apelido de "Rahmbo", em referência à série de filmes de Sylvester Stallone.

Pouco depois da experiência com Clinton, ele deixou a Casa Branca e se reelegeu deputado federal pelo Partido Democrata. Na Câmara, foi a favor da Guerra do Iraque. Fez carreira, chegou à liderança na Câmara dos Deputados e anunciou que apoiaria Hillary Clinton na disputa com Obama pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA, em 2008.

Eleito, Obama convidou-o para seu atual cargo. Os judeus aplaudiram. Os muçulmanos acharam uma péssima escolha. Obama não poderia ser equidistante no conflito, alegavam.

Nascido em novembro de 1959, Rahm é pouco mais velho que Obama, com 50 anos. Chega ao trabalho antes das 7 horas e volta para casa de madrugada.

Depois de Obama, é o poder. Decide quem e quando alguém será recebido. É o mais bem informado sobre as questões que esperam decisão de Obama. Ele diz que na Casa Branca a alternativa é entre o ruim e o pior, não existindo decisões perfeitas, pois são questões entre o essencial e o imediato. Decidir é necessário e, de forma geral, inadiável, afirma.

Rahm teve a sorte e a oportunidade de fazer fortuna antes de ser deputado. Ao deixar a Casa Branca de Clinton, aceitou cargo em uma importante corretora de valores. Era 1998. Dois anos depois tinha acumulado US$ 16 milhões.

Voltou à política por vocação. Era um homem independente. Podia escolher. Dele contam-se muitas histórias. A mais comum envolve o uso de palavrões. Diz "f..." e outros equivalentes quando precisa. É respeitado e controla com mão firme todo o pessoal. Estourado, há rumores de que enviou um peixe podre de presente a um profissional de pesquisas de opinião. Num momento de raiva, apunhalou um bife cru várias vezes gritando os nomes de seus inimigos. É temido.

Mantém-se em ótima forma andando de bicicleta e usando a sala de exercícios da Casa Branca. Continua sendo excelente dançarino e até bailarino. É campeão de triathlon. Não tem a altura de Obama, mas impõe autoridade. É tão bom de conversa que obteve de seu rabino licença especial para trabalhar aos sábados, dia sagrado para os judeus, sem pecar.

Para a mediação do conflito, Israel aparenta preferir o paciente e experiente George Mitchell, o suave enviado dos EUA para o Oriente Médio.

Há informações de que, na segunda-feira, o primeiro ministro israelense, Benyamin Netanyahu, tem um encontro marcado com o presidente do Egito, Hosni Mubarak.

O velho e experimentado dirigente egípcio é um dos líderes árabes mais respeitados. No sábado, a Liga Árabe decide se autoriza o presidente palestino, Mahmud Abbas, a retomar as negociações de paz com Israel. Mubarak deve saber qual será o resultado. A retomada das negociações é provável. A questão é se a paz é possível sem as técnicas de Rahm.

Nahum Sirotsky

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