Rosb Chodesh: Noite de 13 a 15 de Abril
O mês completo de Iyar (Mês de Touro) cai durante o período de Sefirá Haomer (Contagem do Omer).
Durante esse tempo, contamos 40 dias ente Pesach e Shavout e cada dia nos dá a oportunidade de corrigir as coisas negativas que fizemos em nosso passado.
Estes 40 dias são sete vezes sete níveis diferentes de negatividade, todos os quais nos levam para a revelação no Monte Sinai e a Imortalidade, a que teremos acesso em Shavout.
Devido que o mês de Iyar sempre cai durante o Omer, é um tempo de baixa energia. É um tempo no qual podemos ganhar a Luz que recebemos em Pesach e nos prepararmos para a liberdade de todas as formas de morte e finais: tanto em relacionamentos, negócios, saúde, como em todos os aspectos da vida.
O Livro da Formação diz, “Ele coroou a letra Pei e criou com ela Vênus no mundo e a quinta-feira no ano e a narina esquerda na alma, Ele coroou a letra Vav e criou com ela Touro no mundo e Iiar no ano e a mão esquerda na alma.”
As letras Pei e Vav controlam o mês de Iiar e a constelação de Touro.
Iiar é o segundo mês após Nissan, e encontra-se totalmente sob a influência do período conhecido como a Contagem do Ômer. Quando Moisés tirou os israelitas do Egito, eles receberam liberdade, independência e liberação sem qualquer esforço. Por esta razão, a Luz de Pessach desapareceu, a fim de nos proporcionar a oportunidade de trabalhar e merecer toda a Luz que havíamos recebido de graça.
Esse tempo (de trabalho) é conhecido como a Contagem do Omer. Durante sete semanas corrigimos, dia após dia, uma Sefirá diferente (emanação luminosa), e se você multiplicar sete Sefirot por sete semanas, obtém os 49 dias do Omer.
Esses dias nos dão a oportunidade de corrigir na raíz qualquer falta ou ação negativa que tenhamos cometido, nesta vida ou em vidas passadas. Após 49 dias, chegamos à festa de Shavuot – a mesma janela cósmica em que recebemos a Torá. Nesta festa alcançamos a revelação de Luz que nos traz vida imortal.
Esses 49 dias também são chamados “dias de Pequenez”, e são famosos por sua baixa energia. Este é o motivo pelo qual não tomamos quaisquer decisões ou ações, tais como comprar uma casa, assinar contratos, abrir novos negócios, casar etc, até que esse período termine.
À medida que os israelitas atravessavam o deserto, trocando a escravidão do Egito pela liberdade, eles viram com seus próprios olhos a separação do Mar Vermelho, e ainda assim conseguiram reclamar e sonhar em voltar para o Egito, apesar do Maná que caía do céu todos os dias. Eles conseguiram alimentar rancor contra Moisés, que retornou seis horas atrasado após ter recebido a Torá, e criaram o Bezerro de Ouro.
Nos dias de hoje, todos nós somos daquela geração – a Geração do Deserto, a geração que não estava feliz em deixar o Egito, mas que se contentava com o alho, as cebolas e a carne, a geração que procurava por conforto na vida, repleta de coisas físicas, sem se importar com a espiritualidade.
Há um dia especialmente positivo no mês de Iiar: Lag Baomer – o 33o. dia dos 49 dias do Omer. Este é o dia do aniversário da morte do grande Cabalista e autor do Zohar, Rabi Shimon bar Iochai. Neste dia Rabi Shimon deixou o mundo, e ao deixar o mundo físico, ele trouxe para a humanidade uma grande revelação de Luz. Esta é a razão porque neste dia passamos toda a noite estudando o Zohar, conectando-nos com a energia especial que Rabi Shimon nos revelou.
Rabi Shimon bar Iochai viveu em Israel no século II, na época em que os romanos governavam Israel. Rabi Akiva, o mestre de Rabi Shimon, juntamente com outros estudiosos daquele tempo, planejou rebelar-se contra os romanos. Seu plano falhou, e milhares foram mortos.
Rabi Shimon e seu filho Elazar fugiram, e esconderam-se em uma caverna durante 13 anos. Durante esses anos de separação da realidade física, Moisés e Elias lhes revelaram os segredos do universo.
Após 13 anos, Rabi Shimon e seu filho deixaram a caverna, e começaram a ensinar a oito estudiosos em uma outra caverna chamada Idra Raba, localizada entre Sfat e Meron, na parte norte de Israel. O Zohar que possuímos hoje é o resultado desses segredos revelados a Rabi Shimon por Moisés e Elias, escritos por Rabi Aba, o aluno de Rabi Shimon.
Touro, como um signo de terra, é muito apegado ao mundo físico, ao mundo dos cinco sentidos. Tudo o que interessa ao taurino comum é fazer dinheiro, estabelecer suasegurança financeira, possuir uma grande casa, modernos equipamentos e - claro -dinheiro no banco. Tudo o que aparentemente significa segurança financeira e material é o que o taurino comum procura.
Vênus rege Touro, e controla a energia de dinheiro, amor e das artes. Não há dúvidade que o típico taurino ama dinheiro, posses, prazeres sensuais, comida, sexo e música. Muitos músicos e cantores de ópera são taurinos, que também são grandes cozinheiros, alfaiates e estilistas de moda. Sem mencionar que alcançam sucesso naárea bancária, nos negócios e em empreendimentos imobiliários.
Taurinos são muito possessivos, teimosos, e uma vez perseguido um objetivo, eles o alcançarão não importando os obstáculos que tenham que enfrentar. É difícil influenciá-los, e raramente eles se mexem do lugar. Adoram estabilidade e determinação, e não gostam de se mexer sem uma justa causa.
Taurinos se dão bem com signos de água: Peixes, Câncer e Escorpião. Outros signos de terra, Virgem e Capricórnio, dão bons parceiros de negócios.
Quando um taurino eleva seu nível espiritual e alcança a compreensão de que a matéria não existe, a idéia de “mente sobre a matéria” domina, e coisas maravilhosas acontecem, levando-o de um filme menos físico para outro, com maior e mais elevado significado espiritual e social.
Até lá, o taurino experimenta situações estranhas de possuir e perder dinheiro, vendo o tapete ser-lhe puxado sob os pés, a fim de lhe mostrar a ilusão do mundo físico.
Fonte: kabbalah centre