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Pecuarista aposta no leite produzido para o mercado judaico

 

A fiscalizada é a distância, com uso de câmeras instaladas na fazenda. Por isso, a propriedade é a primeira do país a conseguir a certificação de monitoramento remoto.

Caminhos da Roça

 

A fazenda é uma das maiores produtoras de leite do país, 1.200.000 litros por mês, aproximadamente 30 mil vão para uma clientela exigente. O cliente conta que toda semana um rabino vem acompanhar a produção. Ela deve estar de acordo com as normas judaicas. A ordenha só começa quando ele chega. "A gente já deixa um tanque limpo esperando a chegada dele e a inspeção que ele faz. Ele acompanha tudo e autoriza pra gente começar", diz o gerente Tiago Brambila.

No laticínio o rabino também faz muitas exigências. "É feita a pasteurização a 100º graus primeiro, ele acompanha isso, ele vê que esta vazio e o leite lá em cima dele é separado, é um encanamento pra ele", afirma a encarregada do setor Valquíria Zanata.

A fazenda já vende leite para a comunidade judaica há dez anos, sempre com a inspeção presencial e agora a tecnologia vai poder dar uma força. A propriedade conquistou um certificado que permite um controle de qualidade a distancia.

É a primeira vez que o selo é concedido para fazendas fora de Israel e Estados Unidos. Na pratica significa que o leite pode ser consumido com segurança, é um produto considerado koscher. A fiscalização é feita com 16 câmeras instaladas em toda a cadeia produtiva. Imagens transmitidas em tempo real via internet.

"O fato da gente estar aprovado pela comunidade judaica para produzir um produto koscher já é um diferencial. Por outro lado ele só ratifica o que a gente faz aqui em termos de higiene, com a rastreabilidade do produto, com todos os cuidados que são tomados desde a produção de animais até o leite envazado lá na ponta", explica o produtor Roberto Jank.

O produtor diz que o certificado já abriu portas. No dia seguinte ao anuncio da conquista do selo, uma grande rede de supermercados deixou o caminho livre para a venda do produto em 80 lojas. "Isso vai abrir portas para o nosso produto, ou seja, os comerciantes que tem o interesse de vender produtos para as comunidades judaicas locais como em São Paulo, eventualmente Campinas e outras cidades do estado podem ter esse produto disponível", afima Roberto Jank.

O rabino Julio Zukerman explica que a comunidade judaica é rigorosa com a qualidade dos alimentos principalmente carne e leite. "O leite tem severas especificações com relação ao animal, com relação a ordenha como no leite koscher tem que ficar até quatro horas, do outro modo pode ficar até 48 horas", diz Julio.

As exigências das comunidades judaicas podem ser aproveitadas por todos. "Muita gente que pretende consumir produto com qualidade em relação a higiene e produção também consomem produtos koscher", conclui Julio.

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