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Roubo de placa em Auschwitz provoca revolta entre judeus

O roubo da placa que dizia "Arbeit Macht Frei" na entrada do campo de concentração de Auschwitz, na sexta-feira (18/12), provocou revolta internacional, particularmente em Israel. Não está claro ainda se o crime foi motivado por anti-semitismo e, até agora, não há traço dos culpados.

Os ladrões chegaram de madrugada. E estavam bem preparados. Em temperaturas abaixo de zero, eles conseguiram tirar a parte superior do portão de entrada do antigo campo de concentração nazista em Auschwitz, Polônia, que tinha a frase infame "Arbeit Macht Frei" (o trabalho liberta). Depois passaram a placa de ferro por um buraco na cerca e foram embora.

A fraca iluminação no local, que conta com instalações originais dos anos 40, provavelmente tornou o roubo mais fácil. Uma câmara de segurança não gravou as imagens, de acordo com o canal de televisão polonês TVP. A polícia está trabalhando com a premissa de que havia três ladrões, pois não seria provável que um ou dois perpetradores conseguissem fazer o audacioso roubo sozinhos. Até agora não há nada indicando o anti-semitismo como motivo para o crime.

"Isto não é um roubo, é uma profanação deste lugar", disse o porta-voz do museu, Pawel Swicki. A placa foi rapidamente substituída na sexta-feira por uma réplica exata feita quando o original foi restaurado anos atrás. O roubo provocou revolta, particularmente em Israel. Silvan Shalom, vice-primeiro-ministro de Israel, chamou-o de "ato abominável que chega a ser uma profanação", demonstrando "ódio e violência contra os judeus".

"Chocante e de mau gosto"

Enquanto isso, Avner Shalev, presidente do memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, disse que o roubo foi uma "declaração de guerra". "Não sabemos a identidade dos perpetradores, mas assumo que sejam neonazistas", acrescentou.
O governo alemão também expressou sua preocupação. "Espero que este crime seja resolvido rapidamente e que o dano ao memorial possa ser reparado rapidamente", disse Andreas Peschke, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores alemão.Dieter Graumann, vice-presidente do Conselho Central de Judeus na Alemanha, descreveu o roubo como "chocante e de mau gosto". Ele disse que causaria "grande dor" aos sobreviventes do Holocausto e seus parentes.

Ele assumiu que as autoridades polonesas pegariam os perpetradores e que garantiriam que "nada parecido aconteceria novamente". A polícia polonesa está vigiando as ruas perto de Auschwitz e verificando todos os carros grandes e vans. As fitas das câmeras de segurança no memorial estão sendo avaliadas. As autoridades também estão oferecendo 5.000 zloty (cerca de US$ 1.700, ou R$ 3.000) por qualquer informação que leve à prisão dos bandidos.

A placa "Arbeit Macht Frei" foi erguida por prisioneiros poloneses cerca de seis meses após o campo ser estabelecido pelas forças ocupantes alemãs em junho de 1940. A letra "B" foi colocada de cabeça para baixo em um ato oculto de desafio pela equipe de prisioneiros, liderada por Jan Liwacz.

Hoje, a placa é considerada um símbolo do sofrimento de milhões de pessoas que morreram nos campos de concentração nazistas sob o Terceiro Reich. Em Auschwitz e no campo anexo, Birkenau, os Nacionais Socialistas mataram mais de 1,1 milhão de pessoas, em sua ampla maioria judeus.

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
http://twitter.com/magal

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