internet impura'.
Alguns dos rabinos mais importantes de Israel publicaram um anúncio
proibindo o uso da internet, inclusive a navegação nos sites dedicados
especialmente ao público judeu ortodoxo.
O rabino Yossef Eliashiv, considerado um dos principais líderes
espirituais da corrente ultraortodoxa do judaísmo em Israel, assinou
um decreto proibindo seus seguidores de usarem a internet e
condenando, inclusive, os sites religiosos.
"Mesmo se os sites fossem totalmente limpos de tudo que é proibido,
servem de entrada para a internet impura que já derrubou muitas almas
em Israel", diz o anúncio, encabeçado por Eliashiv e assinado por mais
20 rabinos.
"Os sites divulgam impurezas para milhares e dezenas de milhares, de
maneira totalmente desenfreada".
"Não se deve olhar para esses sites, nem colaborar com eles de maneira
alguma e nem publicar neles", ordenam os rabinos.
O decreto gerou uma crise no setor ultraortodoxo do judaísmo na
internet em Israel, que vinha se ampliando nos últimos anos.
Sites fechados
Depois do anúncio, alguns sites ultraortodoxos foram fechados e, em
outras páginas, diretores obedeceram às ordens de seus líderes
espirituais e se demitiram.
O diretor do maior site ultraortodoxo em Israel, David Rotenberg, se
demitiu do cargo.
Rotenberg, fundador do site Behadrei Haredim, porém, defendeu o site e
argumentou que a existência de páginas ultraortodoxas fornece aos
religiosos um lugar "apropriado" para navegar na internet.
"Qual é a alternativa, sites seculares?", perguntou Rotenberg, que
acrescentou que seu site respeita os mandamentos religiosos.
"Em vez de ficar horas em sites proibidos, junto com o público
secular, vendo propagandas indecentes, o nosso público pode frequentar
um site que respeita a Torah", afirmou Rotenberg.
Yeshaiahu Roter, diretor do site Roter Net, fez um apelo aos rabinos
para que retirem o boicote, argumentando que se os sites
ultraortodoxos forem fechados, "o público procurará informação em
fontes menos decentes".
Exceção
A única exceção permitida pelos rabinos é o uso da internet apenas nos
locais de trabalho e exclusivamente para os fins do trabalho e "não
para divertimento".
Mesmo assim, o computador deve ser equipado com filtros especiais para
bloquear conteúdos considerados "impróprios".
Em Israel existem várias empresas que desenvolvem filtros para
bloquear computadores para o público religioso.
Segundo o publicitário ultraortodoxo Igal Revah, é possível criar
filtros para obter controle sobre os conteúdos da internet.
Em entrevista ao site do jornal Maariv, Revah afirmou que "como
fizeram na China, o controle total é possível".
"É necessário encontrar uma solução tecnológica verdadeira para a
internet. Precisamos de uma internet kosher (segundo os preceitos da
religião judaica), separada. Segundo minha avaliação, na internet
kosher não haverá fóruns", afirmou Revah
--
Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
http://twitter.com/magal