Jerusalém, 29 nov (EFE).- O Ministério da Defesa de Israel anunciou hoje que triplicará o número de supervisores da edificação na Cisjordânia para vigiar que está sendo aplicada a moratória de dez meses na construção de casas nas colônias judaicas.
O número de supervisores passará dos atuais 14 a 40 por ocasião da moratória, anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e que os palestinos consideram insuficiente, porque não inclui os assentamentos em Jerusalém Oriental, a edificação pública e os edifícios atualmente em construção.
Os supervisores dependem da Administração Civil, a autoridade militar israelense encarregada dos assuntos civis nos territórios palestinos ocupados.
A Administração Civil começou ontem a distribuir ordens aos chefes dos conselhos locais na Cisjordânia com o fim na emissão de permissões de construção nos assentamentos.
A moratória concentrou os discursos dos ministros antes da reunião do gabinete governamental de hoje.
O ministro do Meio Ambiente, Gilad Erdan, do partido direitista Likud - de Netanyahu -, disse que a moratória é "extremista" e "pode representar uma grave violação dos direitos humanos".
O vice-primeiro-ministro Silvan Shalom, também integrante do Likud, a qualificou de "desnecessária" e advertiu que só levará a que "os palestinos peçam mais e mais concessões" a Israel.
Onze dos 30 ministros da coalizão governamental se manifestaram contra a moratória, segundo uma apuração do jornal "The Jerusalem Post".
Várias destas críticas vêm do próprio Likud, 200 de cujos militantes de base participaram ontem em reunião onde foram ouvidas duras críticas à medida e ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por ter pressionado para que pare a ampliação das colônias judaicas na Cisjordânia.
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Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.
Magal
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