O Exército israelense denunciou que a Síria continua passando armamento iraniano ao movimento xiita libanês Hizbollah, em violação da resolução 1701 da ONU (Organização das Nações Unidas) que estabelece o embargo de armas ao Líbano, segundo declaração de uma fonte militar nesta quarta-feira ao jornal "Ha'aretz".
"Irã paga (as armas), Síria contrabandeia e o Hizbollah as recebe", diz a fonte sem ser identificada.
No final da noite de ontem o Exército israelense divulgou imagens feitas por um avião sem piloto na aldeia libanesa de Tayr Filsi, ao leste de Tiro e ao sul do rio Litani, na qual um grupo de pessoas tira de um edifício o que aparenta ser um foguete de médio ou longo alcance e o transfere em caminhão a outro povoado vizinho.
Na aldeia de Tayr Filsi ocorreu na segunda-feira uma potente explosão no edifício onde reside um militante do Hizbollah, que Israel atribui a um armazém de armas no lugar.
O grupo xiita e o Exército libanês confirmaram a deflagração e disseram que pelo menos uma pessoa ficou ferida na garagem do domicílio do militante do Hizbollah Abdel Nasser Issa.
Segundo o alto comando israelense, três anos depois da guerra, Hizbollah dispõe de dezenas de milhares de foguetes, muitos dos quais estão armazenados em cerca de trezentos armazéns repartidos por mais de uma centena de aldeias xiitas no sul do Líbano.
A resolução 1701 estabelece que a Finul (Força Interina das Nações Unidas para o Líbano) se encarregue de supervisionar o embargo e apóie ao Exército libanês no desarmamento de toda a região ao sul do rio Litani.
Mas, segundo o alto comando israelense, o contingente internacional se vê impedido de fazê-lo porque "nos lugares nos quais devem fazer as inspeções há tal grau de atrito com o Hizbollah que os agentes da ONU geralmente desistem".
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Magal
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