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"O Irã é um regime insano e muito perigoso"


Expressou o chanceler de Israel Avigdor Lieberman em uma entrevista para o jornal 'La Nación'


SÃO PAULO / BUENOS AIRES / LIMA / BOGOTA (CJL) - O chanceler israelense Avigdor Lieberman está realizando uma histórica visita de 10 dias a região, buscando estreitar os laços entre a América Latina e o Estado de Israel. A viagem acontece depois de um longo período durante o qual nenhum ministro de Relações Exteriores fez uma visita oficial à esta região.
Em uma entrevista para o jornal argentino 'La Nación', o chanceler israelense, que visitou o país no marco de uma viagem voltada a equalizar a"crescente" influência iraniana na América Latina, condenou os vínculos de Teerã com a Venezuela de Chávez, recordou o atentado contra a AMIA e afirmou que a penetração do terrorismo na Tripla Fronteira representa uma ameaça real.

A vagarosa investigação do atentado contra a AMIA, as preocupações da comunidade judaica da Argentina e a permeabilidade da Tripla Fronteira -entre outros supostos "santuários" do terrorismo na região, como Isla Margarita-, não são temas ajenos as suas inquietudes. Mas em todos os casos fez hincapié em que se trata de assuntos que atañen principalmente ao governo argentino, cujo compromisso não pôs em dúvida.Lieberman chegou, precedido por sua fama de duro e envolto em acusações de intolerância e de demagogia. E é certo que não parece haver meio termo em seu pensamento. Sua verdade é cristalina e única.
E é compartilhada por uma parte importante do eleitorado israelense, a julgar pela terceirar posição que alcançou em seu Partido Israel Beitenu (Israel é nossa casa, ultranacionalista de Direita) nas eleições gerais de fevereiro deste ano. Convertido desde então em um aliado chave e chanceler do primeiro ministro Benjamin Netanyahu, sua pirotecnia eleitoral é agora discurso oficial. Com uma una salvedad: se as eleições foram ganhas sob o calor da última ofensiva militar contra o Hammas em Gaza, desde então, a atenção da diplomacia israelense girou, decididamente, em direção ao Irã. - Uma das razões centrais de sua visita é a preocupação de Israel com a crescente presença do Irã na América Latina?
De que maneira esta presença representa um perigo tanto para Israel como para esta região? -Em primeiro lugar, o Irã não é somente uma ameaça para Israel, mas é uma ameaça para todo o mundo. Deve ficar claro que não estamos preocupados pelo Irã, porque somos um país verdadeiramente forte e podemos nos proteger sozinhos.
O maior problema com o Irã, em primeira instância, é que ele é uma ameaça para os países do Golfo, para os países árabes.
O maior choque que vemos neste momento no Oriente Médio é o do conflito entre sunitas e xiitas e, por suposto, entre as alas moderada e radical da região. Irã é uma ameaça para Árabia Saudita, é uma ameaça para o Egito e uma ameaça para outros países. Árabia Saudita e Egito dizem abertamente que, se Irã desenvolve e alcança capacidade nuclear, não podem permitir que seja o único poder nuclear no Oriente Médio.
Como consequência, haveria uma desenfreada corrida pelas armas nucleares em nossa região, o que seria uma verdadeira ameaça para o mundo inteiro. O Irã é um grande patrocinador de atividades terroristas no mundo.
Vemos a maneira na qual o Irã está envolvido nos assuntos internos do Líbano através do Hezbollah, e na Autoridade Nacional Palestina por intermédio do Hammas e da Jihad Islâmica, e por certo tem estreitas relações com regimes radicais como o de Hugo Chávez, ou o da Coréia dol Norte, e é um verdadeiro fator de instabilidade no âmbito internacional.
Que o Irã se envolva em atividades terroristas na América do Sul é real, e vocês sabem melhor que qualquer outro povo do mundo.
Já aconteceram ataques terroristas na Argentina, contra a AMIA e contra a nossa própria Embaixada em Buenos Aires. Detrás desses atos terroristas está envolvido o Irã e temos visto que o fiscal argentino, o juiz encarregado da investigação, acusou claramente o Irã. Mais de cem pessoas perderam a vida e mais cem ficaram feridas, e muitas não eram judias. Eram cidadãos argentinos, judeus, mulçumanos e cristãos. Irã é um regime selvagem, e em todo o mundo acompanhamos pela televisão como trata o seu próprio povo, aqueles que protestaram após as eleições. Vimos em tempo real como matavam a uma jovem.
Se é um regime disposto a matar o seu próprio povo, podemos imaginar perfeitamente como pode tratar os problemas internacionais e atuar com respeito a comunidade internacional. De igual maneira, o presidente do Irã nega semana após semana, a existência do Holocausto.
Cada semana faz uma nova declaração para expulsar o povo judeu de Israel em direção à Europa. Acreditamos que é um regime insano e muito perigoso, e temos experiência pela nossa história, sabemos qual será o resultado se a comunidade internacional não puser um freio a esta dirigência extremada e radical.

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