
O número de moradores nos assentamentos israelenses na Cisjordânia ultrapassou os 300 mil, segundo um relatório da Administração Civil, ligada ao Exército, publicado nesta segunda-feira pelo jornal "Haaretz".
O documento, que inclui o número de israelenses que viviam no território ocupado no primeiro semestre de 2009, afirma que 304.569 pessoas foram registradas nesse período, o que representa um aumento de 2,33% desde janeiro.
O maior aumento ocorreu nas comunidades religiosas, incluindo as colônias de população ultraortodoxa, onde a taxa de crescimento ficou em torno de 1,75%.
O relatório do Exército israelense afirma que tem sido registradas restrições por parte do governo para a construção nos assentamentos.
O documento foi divulgado em um momento em que os Estados Unidos pressionam o governo de Israel para que o crescimento das colônias existentes em território ocupado seja interrompido.
No entanto, Israel insiste na continuidade de algumas construções para permitir o "crescimento natural" das famílias dos colonos.
Os assentamentos são vistos pela comunidade internacional como um obstáculo para um acordo de paz, e os palestinos dizem que não voltarão a negociar enquanto as construções não forem congeladas.
Faixa de Gaza
Nesta segunda-feira, serviços de emergência resgataram seis cadáveres em meio aos escombros de um túnel subterrâneo entre o sul da faixa de Gaza e o Egito que sofreu uma explosão neste domingo. Com isso, chegou a sete o número de mortes no incidente.
Muawiya Hassanein, chefe do serviço de emergência do Ministério da Saúde em Gaza, disse que os serviços de resgate ainda buscam várias pessoas desaparecidas no túnel, cavado na localidade de Rafah, no sul deste território palestino.
Uma pessoa que morreu no domingo foi retirada imediatamente após a explosão, que, segundo as hipóteses, pode ter sido provocada por um vazamento de combustível no túnel.
As testemunhas divergem sobre a origem da explosão --alguns apontam uma queda do combustível que os contrabandistas transportavam, e outros indicam que as forças de segurança egípcias detonaram o duto a partir do outro lado da fronteira.
Cairo aumentou nos últimos dias a vigilância de sua fronteira com Gaza para procurar túneis subterrâneos usados para o contrabando ao território palestino de produtos básicos e combustível, além de armamento e munição.
Cerca de 70 palestinos morreram em acidentes em túneis desde que os produtos de contrabando tornaram-se mais necessários, depois que Israel endureceu seu bloqueio a Gaza, em junho de 2007, quando o grupo radical islâmico palestino Hamas assumiu o controle do território.