Designado para representar a Câmara Federal no 4º Seminário Internacional para Parlamentos Latino-americanos, que se encerrou neste fim de semana, em Jerusalém (Israel), o deputado Marcelo Itagiba
(PMDB-RJ) foi recebido pelo presidente Shimon Peres e o vice-ministro de Relações Exteriores, Danny Ayalón. De acordo com o deputado, que da tribuna da Câmara manifestou seu repúdio à vinda ao Brasil, que acabou não se concretizando, do presidente do Irã, as atitudes de Mahmoud Ahmadinejad são um grande foco de tensão e obstáculo ao processo de paz no Oriente Médio. – Durante os encontros de alto nível que mantive com as autoridades israelenses, dentre as quais também o presidente do knesset (parlamento), e lideranças parlamentares, constatei que todos têm consciência da necessidade da constituição de um Estado para os palestinos. A grande dificuldade é a forma de fazê-lo. A primeira condição é o reconhecimento por parte dos palestinos da existência formal do Estado de Israel – afirmou o deputado.
Marcelo Itagiba se disse impressionado com os avanços alcançados por Israel nas áreas educacional, tecnológica e militar.
– Em seus 61 anos de existência, o Estado de Israel fez mais do que qualquer um, tendo contribuído fortemente, também, nos campos da medicina e da agricultura para toda a humanidade. Todos aqui querem uma coexistência pacífica com os vizinhos, o que propiciará a todos os benefícios das conquistas obtidas – afirmou.
Itagiba disse, ainda, que, durante o encontro, o presidente Shimon Peres fez um explícito elogio ao Brasil, ao afirmar que deseja manter a parceria histórica e aumentar as relações bilaterais.
– Ele espera que os acordos firmados sejam aprovados o quanto antes pelo Parlamento brasileiro, principalmente o referente ao Mercosul.
A América Latina precisa ficar atenta às relações entre o Irã e a Venezuela para não vir a sofrer consequências perigosas em seu território. Shimon Peres acredita que o petróleo nesses países subiu à cabeça de seus governantes, que muito pouco vem fazendo por seus povos, tendo relatado também que o etanol desenvolvido pelo Brasil e propagado pelo presidente Lula deve ser levado em consideração como uma fonte de energia renovável e mais limpa – concluiu.
