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Israelenses e palestinos voltam a se enfrentar


Confronto acontece após anúncio de cessar-fogo feito pelo primeiro-ministro israelense


JERUSALEM - Militante do Hamas e as tropas israelenses voltaram a se enfrentar após o cessar-fogo unilateral anunciado pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, depois de 22 dias de uma dura ofensiva militar na região palestina.
O anúncio da declaração da cessação das hostilidades por parte de Israel aconteceu minutos após o Hamas rejeitar previamente de Gaza uma trégua nessas condições.

Segundo o exército israelense, o incidente começou após militantes do Hamas terem aberto fogo contra o Exército de Israel. O ataque foi perto do campo de refugiados de Jabalya. Ninguém se feriu no confronto.

Milicianos palestinos dispararam, na manhã deste domingo, seis foguetes contra o sul de Israel, fontes policias informaram que o ataque não causou vítimas e um dos foguetes caiu nos arredores da cidade de Sderot, outros dois no galinheiro de um kibutz e outro em outra comunidade rural. O sexto projétil não foi localizado pelos especialistas.

Cessar-fogo

O cessar-fogo israelense entrou em vigor às 2 horas, horário local, de domingo (22 horas de sábado de Brasília), mas tinha sido rejeitado de antemão pelas milícias armadas de Gaza, lideradas pelo Hamas, que antes desse prazo intensificaram o lançamento de foguetes contra Israel.

Cerca de 30 projéteis disparados de Gaza caíram no sul israelense nas horas anteriores à cessação das hostilidades israelenses, embora sem causar danos pessoais, segundo fontes militares.

Pelo menos dois foguetes Grad - com alcance de até 40 quilômetros e os de maior percurso com que o Hamas conta -, foram lançados quase de maneira simultânea perto da meia-noite, quando o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, anunciou a trégua.

Em declarações dadas imediatamente após a reunião que , Olmert disse que o Hamas "subestima a determinação de Isarel", e que o grupo "ainda não percebeu o quanto foi ferido". O chefe de governo disse ainda que a guerra de Israel "não é contra o povo de Gaza". Ele também acusou o governo iraniano de "buscar hegemonia na região", usando como instrumentos o Hamas e o grupo libanês Hezbollah.

Apesar do cessar-fogo, as forças terrestres israelenses que penetraram em Gaza há duas semanas continuam na região e só se retirarão quando Israel comprovar que as milícias detiveram o lançamento de foguetes, antecipou Olmert.

O primeiro-ministro israelense também advertiu que o Exército de Israel se reserva o direito de responder em caso de as tropas de seu país serem alvo do fogo dos milicianos.

"Nunca aceitaremos a presença de nenhum soldado (israelense) em Gaza, qualquer que seja o preço", disse Fawzi Barhoum, porta-voz do movimento islamita, em discurso perante as câmaras da televisão Al Aqsa, controlada pelo Hamas.

Barhoum leu um manifesto no qual assegurou que a proposta do inimigo para um cessar-fogo unilateral significa que o conflito de Gaza foi unilateral e realizado contra seu povo.

O porta-voz do movimento islamita exigiu que Israel cesse suas agressões, retire-se de Gaza, ponha fim a seu bloqueio (da região) e abra todas as passagens do território.

A liderança exilada do Hamas vinha rejeitando a ideia de trégua unilateral desde que o governo israelense divulgou para a imprensa a possibilidade.
A trégua coloca o movimento islamita em uma situação difícil, enfrentando o dilema de continuar as hostilidades e arriscar-se a que Israel retome sua ofensiva, ou frear seus ataques, e dar a impressão de que Israel está determinando a agenda estratégica.

Em ambos os casos sua posição nas negociações propostas pelo Egito ficaria debilitada. Essas gestões prosseguem com o apoio dos líderes europeus para tentar um acordo para uma trégua estável.

Em linha com o que foi antecipado por Barhoum, e uma vez que Olmert fez o anúncio de cessar-fogo, o braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezzedin al-Qassam, assegurou já de madrugada, em comunicado, que continuará a luta armada junto a outras facções palestinas.

O braço armado do Hamas advertiu que não deterá seus ataques "enquanto houver um soldado israelense na região e o bloqueio a Gaza continuar"

Mas o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, fez uma leitura propícia do anúncio israelense, o que indicaria que o movimento islamita procura uma fórmula política para sair da situação difícil em que se encontra.

Em declarações a redes de televisão árabes, Hamedan felicitou "seu povo por sua vitória", e assegurou que "o inimigo sionista matou civis e causou destruição, mas fracassou em romper a fortaleza da resistência".

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