Um palestino morreu e três ficaram feridos em um ataque a mísseis feito por Israel na porção norte da faixa de Gaza, na manhã deste sábado. O ataque acontece apenas um dia depois de o fim da trégua entre o Estado e o grupo islâmico palestino Hamas, que estava em vigor desde junho passado.
De acordo com o chefe dos serviços de emergência palestinos, Muauiya Hasanein, morreu Ali Hijazi, 25. Testemunhas disseram que tanto Ali quanto os três palestinos feridos --um está em estado grave-- eram das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, o braço armado do Fatah --grupo secular rival do Hamas e ao qual pertence o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas.
Em comunicado, as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa confirmaram que Ali era "comandante local", "responsável pelo lançamento de foguetes contra Israel".
Conforme um porta-voz do Exército israelense, o ataque foi uma resposta ao lançamento de dois foguetes, por parte dos palestinos, no sul de Israel, que não deixou vítimas.
O Hamas não renovou a trégua --que foi negociada pelo Egito-- porque Israel descumpriu a promessa de cessar ataques e de levantar o bloqueio imposto a Gaza desde junho de 2007, quando o Hamas expulsou do território o Fatah. Devido ao bloqueio, a região vive isolada, e todo abastecimento vem de túneis subterrâneos que a ligam ao Egito.
Repercussão
Nesta sexta-feira (19), o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, pediu o restabelecimento da trégua. "Uma escalada importante da violência teria graves conseqüências para a segurança dos civis em Israel e em Gaza, para o bem-estar da população civil em Gaza e para a solidez dos esforços em vista de uma solução política."
De Washington, onde está Abbas, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse que a violência apenas enfraquece as causas palestinas. "Para os palestinos, a única maneira de alcançar o objetivo da criação de Estado é pela negociação."
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