"As operações aéreas e marítimas do Exército israelense constituem a primeira fase entre várias já aprovadas pelo gabinete de segurança", disse Olmert durante uma reunião com o presidente, Shimon Peres.
A porta-voz militar israelense, Avital Leibovitz, já havia afirmado à imprensa
que as forças terrestres estão prontas para atuar, embora não tenha definido
uma data.
Já o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, declarou que Israel está pronto
"para semanas de combate".
Desde sábado (27), Israel lança bombardeios aéreos contra ao menos 16
pontos da faixa de Gaza em uma grande ofensiva contra o movimento radical islâmico
Hamas. Os bombardeios já causaram mais de 340 mortes e deixaram ao menos 1.400
feridos.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à suposta violação --e lançamento
de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou
oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por
Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Quarto dia
Nas primeiras horas desta terça-feira, forças aéreas e navais israelenses
atacaram vários alvos em Gaza, entre eles edifícios do governo da Faixa, um
campo de treinamento do movimento Hamas, um veículo carregado de mísseis,
plataformas de lançamento de foguetes e uma fábrica de armas, informou um
porta-voz militar.
Os alvos incluem ainda uma base naval ao oeste da faixa, instalações das
milícias armadas palestinas ao leste de Al-Zeitun, em Gaza, além da casa de um
dos líderes das Brigadas Al-Qassam, segundo informa a imprensa palestina.
Na cidade de Gaza, aviões israelenses não cessaram bombardeios durante toda
a noite e grande parte da população sofre cortes de eletricidade e escassez de
alimentos.
Desde a noite desta segunda-feira (29), o Exército israelense atacou 30
alvos, indicou o porta-voz, que disse ainda que nesse período as milícias
palestinas lançaram cerca de 80 foguetes e bombas que causaram duas mortos e
deixaram vários civis e militares feridos.
No início da noite, uma mulher de 39 anos morreu ao ser atingida por um
foguete Katyusha enquanto esperava o ônibus na localidade de Ashdod, situada a
37 quilômetros da faixa de Gaza.
Também nesta noite morreu um sargento israelense de 38 anos e outros cinco
soldados ficaram feridos devido ao impacto de um foguete Qassam, lançado pelos
militantes palestinos contra uma base militar próxima à faixa de Gaza.
Duas irmãs palestinas de 4 e 11 anos também morreram nesta terça-feira em
um bombardeio israelense na região, informaram fontes médicas palestinas. Lama
e Haya Hamdan morreram quando um carro puxado por uma mula foi atingido em um
ataque em Beit Hanun, norte da faixa de Gaza.
Segundo a rede de televisão do Hamas, Al-Aqsa TV, vários civis foram mortos
quando um míssil explodiu na casa do dirigente das Brigadas Al-Qassam, Aiman
Siyam, no norte de Gaza.
Segundo o último relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), ao
menos 62 civis estão entre as vítimas da ofensiva. Nos hospitais de Gaza a
situação é cada vez mais caótica e faltam remédios, camas, sangue para
transfusões e locais próprios para conservar os corpos até que sejam levados
por parentes.
Ataque terrestre
No quarto dia da ofensiva do país, o vice-ministro israelense da Defesa,
Matan Vilnai, afirmou que Israel está disposto a lutar durante semanas contra o
movimento radical palestino Hamas.
Vítimas
Palestinos observam casas destruídas pelos bombardeios israelenses que estão no 4º dia |