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Israel impõe a lei aos radicais

É urgente tentar colocar os fatos em seu contexto para se poder compreendê-los ao menos parcialmente. Os choques em Hevron terão sido vistos nos noticiários, e não os significados do recurso do governo de Israel ao emprego da força contra judeus para afirmar a superioridade de suas leis sobre interpretações definidas como sectárias, de forte influência canônica.

Disputa-se um documento pelo qual um certo valor em dinheiro terá sido pago a um árabe palestino na aquisição de um prédio em estratégica situação na cidade, e ocupado por grupo relativamente pequeno de judeus ortodoxos e ultra-nacionalistas, qualificados de radicais.

Hevron, devolvida ao domínio palestino, local do Túmulo dos Patriarcas e Matriarcas do monoteísmo, Abrão, Sara, Isaac, Rebeca, Jacó, Lea (Rachel, a amada de Jacó tem seu túmulo perto de Belém), é sagrada aos judeus e aos muçulmanos. Tem cerca de cem mil árabes palestinos e, num canto, um bairro com cerca de 500 judeus. O árabe palestino nega a venda. O caso foi submetido ao Supremo Tribunal de Israel que decidiu haver uma dúvida. Assim, determinou a desocupação da Casa até que um tribunal de instância inferior a resolva. Os assim classificados de invasores negaram-se a cumprir o mandato da Corte.

Israel, uma democracia parlamentar, atravessa etapa de governo interino até eleições marcadas para fevereiro próximo. É um governo politicamente fraco, por definição. O ministro da Defesa, Ehud Barak, apoiado pelo gabinete, decidiu negociar uma saída pacífica comunicando que na alternativa a força seria usada para garantir a aplicação da Lei.

A saída amigável foi impossível. A força policial retirou aqueles classificados de invasores na operação completada em pouco mais de uma hora. Houve feridos dos dois lados, e um forte impacto emocional na população do país acompanhando detalhes em transmissão ao vivo.  

Óbvio que estava em jogo não só a autoridade do Estado como a possibilidade de reação palestina de proporções imprevisíveis caso não houvesse a desocupação. O Estado aceitou todos e quaisquer riscos e demonstrou poder
defender o resultado de continuar negociações de paz com os palestinos e o mundo árabe  no  governo futuro, já  sob a  presidência  Obama  nos  Estados
Unidos.

O sucesso das negociações depende de concessões classificáveis como dolorosas tanto dos judeus como dos árabes palestinos para, finalmente, surgir o Estado palestino independente. Sem um toma lá-dá-cá, nada feito. E existem prováveis resistências de grupos judeus inseridos nos cerca de 350 mil assentados nos territórios disputados.

Existem, ainda, grupos palestinos e islâmicos que não se conformam com a existência de um Estado não-islâmico no Oriente Médio inteiramente muçulmano. Segundo declarações do presidente de Israel, Shimon Peres, urge cuidados para se evitar guerra civil.

Até o momento não parece haver entre os palestinos lideranças capazes de fazer as concessões essências. A ação em Hevron foi afirmação do poder do Estado na defesa do que vier a se decidir em negociações. Mas ainda não se tem idéia do que decidirá o tribunal inferior sobre a validade da documentação da Casa da Discórdia e, por conseqüência, dos efeitos não intencionados, seja qual for o declarado como justo. Mais violência, certamente.



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Magal
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1 Comentários
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  1. Voce pegar muito leve com os seus "pares". Não há meias palavras era uma ocupação ilegal e eles tinham que sair de lá e ponto(sem mas ou poréns).Quando uma famíla árabe ocupou uma casa sem autorização em jerusalém oriental,não houve meias-palavras eles tiverem que sair de lá e pronto o mesmo deveria acontecer com a famíla judia.

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