
Os três brasileiros e suas respectivas famílias que vivem na Faixa de Gaza estão bem apesar da situação de isolamento em virtude dos bombardeios israelenses, informou o escritório de representação do Brasil em território palestino, localizado na cidade de Ramallah.

De acordo com a diplomata Rosimar Suzano, responsável pelo escritório, está sendo feito contato diário com as três famílias que vivem em Gaza. "Estamos fazendo o acompanhamento da situação dos brasileiros em Gaza. Alguns já expressaram a vontade de sair, mas temos consciência das dificuldades", disse Rosimar.
Ela explica que os brasileiros têm famílias com cidadãos palestinos, por esse motivo é difícil fazer qualquer tipo de locomoção para fora dos territórios de conflito. "Gaza vive uma situação de bloqueio por parte de Israel, qualquer movimentação é complicada na região", disse.
Rosimar disse que o número de brasileiros que vivem em Gaza e relativamente reduzido, "se os ataques fossem a Cisjordânia teríamos uma situação muito mais caótica porque lá a comunidade brasileira é grande", disse Rosimar. Atualmente cerca de dois mil brasileiros vivem na Cisjordânia.
Situação em Gaza
A funcionária do escritório disse que Gaza é uma região muito povoada. "Os ataques diminuíram de ontem para hoje, mas sabemos ainda é um momento de muito nervosismo e medo para estas famílias".
Na análise da funcionária do escritório brasileiro, o número de mortos é elevado porque, antes mesmo dos bombardeios, a região de Gaza já sofria bloqueio de itens básicos. "Eles já sofriam racionamento de medicamentos, comida, combustível e quase todo o tipo de necessidade básica. Com a situação de guerra, não há como atender os feridos, os em situação mais grave morrem", disse.
Palestinos de outras regiões se mobilizaram para apoiar as vítimas. "No centro de Ramallah foram feitas algumas manifestações, as pessoas acompanharam a situação com apreensão por meio da Al Jazeera - canal de TV árabe - em suas casas, a autoridade palestina declarou três dias de luto oficial", relatou Rosimar.
Ela explica que existem muitos representantes do Hamas na Cisjordânia e que isso pode desencadear respostas violentas. "Não se sabe qual o tipo de reação esses grupos podem ter".
"A situação é preocupante, mas para a autoridade palestina, essa tragédia ajuda a recompor a unidade nacional, com os gestos de solidariedade por parte da Cisjordânia", disse.
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