Nir Barkat venceu com 52% dos votos na eleição de terça-feira, deixando para trás um rabino ultra-ortodoxo, um bilionário russo-israelense afundado em escândalos e um candidato a favor da liberação da maconha.
A imprensa isralense comemorou sua vitória como uma revolução laica após cinco anos sob a liderança ultra-ortodoxa do prefeito Uri Lupolianski.
Barkat, de 49 anos, saiu vitorioso das urnas com uma chapa linha-dura que rejeitou qualquer concessão aos palestinos, que desejam ocupar a parte oridental de Jerusalém como parte de um acordo de paz.
O bem-sucedido homem de negócios, elegantemente vestido em qualquer ocasião, tem pela frente uma batalha complicada, em uma cidade que luta contra a crescente pobreza, uma massiva dívida pública e o enorme abismo entre os bairros judeus e árabes.
"Hoje, Jerusalém venceu. Hoje, Israel venceu. Hoje, o povo judeu venceu", disse Barkat em seu discurso de vitória.
"Esta vitória pertence a todos aqueles que amam e apreciam nossa incrível cidade, a eterna capital do povo judeu. A vitória pertence à direita e à esquerda, aos religiosos e aos laicos, a judeus e árabes".
Ex-membro do partido Kadima, do primeiro-ministro Ehud Olmert, Barkat se orgulha de ter deixado a formação de centro depois de "expor" o que classifica como um "plano para dividir Jerusalém".
Seu discurso linha-dura conquistou o apoio da direita religiosa da cidade, que representa uma parte considerável dos 700.000 habitantes de Jerusalém.
Ele prometeu construir novos bairros judeus na parte oriental da cidade, majoritariamente habitada por árabes - onde os palestinos desejam instituir a capital de seu futuro Estado.
A grande maioria da população judia de Jerusalém considera a designação da cidade como "capital eterna e indivisível" de Israel como um mantra, apesar da escolha ser amplamente rejeitada pela comunidade internacional - a maioria dos países sequer mantém embaixadas lá, preferindo Tel Aviv para estabelecer suas sedes diplomáticas.
A questão de Jerusalém é o ponto mais complicado das negociações entre judeus e palestinos mediadas pelos Estados Unidos.
A comunidade internacional e os palestinos criticam Israel pela contínua expansão dos assentamentos judeus na parte oriental da cidade, assim como em outras partes da Cisjordânia ocupada.
Os cerca de 250.000 palestinos que vivem na parte oriental de Jerusalém, por sinal, seguiram a tradição e boicotaram mais uma vez as eleições municipais.
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Magal
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