Israel: cúpula militar defende preparação para atacar o Irã
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A cúpula militar de Israel propõe ao governo do país que prepare "com discrição planos de contingência para enfrentar um Irã nuclear", que considera a maior "ameaça a sua sobrevivência".
A recomendação está em um documento - cujo conteúdo foi divulgado neste domingo pelo jornal Ha'aretz - que o exército entregará no próximo mês ao Conselho de Ministros, como parte da análise da situação para 2009, publicada anualmente pelo Conselho Nacional de Segurança.
A cúpula militar adverte que Israel terá que enfrentar "quase sozinho" as diversas ameaças a sua sobrevivência se houver uma aproximação entre Washington, Teerã e o mundo árabe, após a chegada de Barack Obama à Casa Branca.
Estes riscos são Irã, em primeiro lugar, e os mísseis de longo alcance de outros países da região, em segundo.
"É imprescindível mobilizar a comunidade internacional e obter cooperação regional. A nova administração americana (de Barack Obama) é uma oportunidade para isso", sugere o documento.
O texto indica o risco de que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) desabe em 2009 e, em conseqüência, se derrube a solução de dois Estados para dois povos, base do atual diálogo de paz lançado em novembro de 2007 na conferência em Annapolis (EUA).
Por isso, Israel deverá "impedir" a realização de eleições presidenciais palestinas em janeiro de 2009, "inclusive ao custo de um confronto" com seu grande aliado, os Estados Unidos, e com a comunidade internacional, acrescenta.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, rejeita convocar as eleições em janeiro de 2009, para, assim, realizá-la junto com o pleito legislativo, em 2010.
O movimento islâmico Hamas é contra esta mudança e anunciou que, em janeiro próximo, deixará de considerar Abbas como legítimo presidente palestino.
A cúpula militar israelense sugere "derrubar" o governo de fato do Hamas na Faixa de Gaza se "a trégua colapsar e voltar o conflito" ao território palestino.
Pelo contrário, defende avançar no diálogo com a Síria, "apesar do alto preço que Israel teria que pagar" para selar a paz com o vizinho.
Este "alto preço" seria a devolução a Damasco das Colinas do Golã, conquistadas por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967.
Em troca, a paz com a Síria geraria um acordo com o Líbano, o que enfraqueceria o eixo Irã-Síria-Hisbolá-Hamas.
Por último, o exército israelense incentiva o governo a aumentar seus laços com a Arábia Saudita e a Jordânia, entre outros.
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Magal
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