A Presidente do Kadima, Tzipi Livni, disse que pretende apresentar um projeto de lei para a legalização do casamento civil em Israel. Numa entrevista ao Canal 9, Livni disse que iria apresentar a proposta de lei durante a sessão atual de Knesset, apesar do fato de que a mesma será truncada devido às iminentes eleições gerais. Embora tendo chances mínimas de aprovação, ela afirmou que "demonstraria a determinação do Kadima sobre esta questão". O canal 9 de TV é a cabo, em língua russa, e a escolha deste canal por Livni para o lançamento deste projeto parece ser um movimento calculado pela sua campanha para angariar o voto dos imigrantes russos e dos seculares. Um número substancial de cidadãos israelenses, provenientes da antiga União Soviética, gostaria que o casamento civil fosse legalizado, pois estes casamentos não são reconhecidos pelas cortes rabínicas como sendo judaicos e, portanto, não podem se casar em Israel.
Muitos israelenses seculares também estão frustrados com a atual situação, e casais que desejam uma cerimônia não religiosa vão para outros países para a realização dos mesmos. Casamentos realizados num país estrangeiro são reconhecidos em Israel. "Eu apoio casamento civil. Foi um dos pontos principais das propostas do Kadima, e eu quero trazê-lo perante o Knesset agora, antes do seu recesso. Este assunto não pode permanecer no plano abstrato, é uma questão de princípios e deve ser implementado" ela disse, e acrescentando que este assunto permanecerá na agenda do Kadima para as próximas eleições. Menahem Ben-Sasson (Kadima) que é o presidente do Comitê Sobre a Constituição, Lei e Justiça do Knesset, foi designado para este assunto e preparou uma proposta que Livni pretende apresentar na próxima semana. Este projeto tem o propósito de possibilitar que aproximadamente 350.000 israelenses que são considerados pelo Estado como tendo "nenhuma afiliação religiosa" e, portanto, inelegíveis para um casamento celebrado pelo rabinato, para casarem-se em Israel.
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