Uma pesquisa realizada pela agência demográfica TNS Teleseker e publicada no site do jornal "Yediot Aharonot" nesta segunda-feira revela que 46% dos israelenses votariam no republicano John McCain para a Presidência dos Estados Unidos se pudesse, contra 34% que escolheriam o democrata Barack Obama. Quase metade dos entrevistados diz acreditar que McCain beneficiará Israel contra 31,5% que dizem o mesmo sobre Obama.
Em relação a assuntos de interesse específico para Israel, como o programa nuclear do Irã, 52,5% dos israelenses preferem McCain à frente das decisões contra 27,6% que preferem o democrata. Obama ficou à frente do rival só na questão da crise econômica --40% disseram que ele é o mais preparado para enfrentá-la contra 34% para McCain.
Jacquelyn Martin/AP |
Sarah Palin com o embaixador de Israel nos EUA, Sallai Meridor |
O levantamento foi realizado a pedido do Centro de Rabinos para Estudo de Israel com 500 israelenses com idades entre 18 e 65 anos.
Nesta segunda-feira, mesmo dia da divulgação da pesquisa, a candidata a vice na chapa de McCain, a governadora do Alasca, Sarah Palin, participa de uma reunião com o embaixador de Israel nos EUA. O encontro é parte da agenda que Palin cumpre na Virgínia na tentativa importante de diminuir a liderança de Obama sobre McCain no Estado que não escolhe um democrata para a Casa Branca desde 1964.
"Nós estamos ansiosos para... trabalhar com sua instituição judaica", afirmou Palin para o embaixador Sallai Meridor, depois de cumprimentá-lo. Ela ainda se desculpou por não ter conseguido conhecê-lo antes.
Uma das principais críticas feitas por especialistas a Palin é a de que ela tem pouca --ou nenhuma-- experiência em política internacional. Em entrevistas, a governadora também demonstrou desconhecimento sobre o assunto. Palin tirou seu passaporte em 2006.
Guarda-roupa
Nos últimos dias, Palin tem enfrentado críticas em relação a seus gastos com o visual. Na última terça-feira (21), o site Politico.com revelou que o Partido Republicano gastou US$ 150 mil em roupas e maquiagem para Palin, em lojas de luxo nas cidades de St. Louis, Nova York e Minneapolis, desde que ela entrou na corrida presidencial.
Ontem (26), ela disse que irá devolver seu guarda-roupa de campanha, que custou US$ 150 mil. "Não vou mais usá-las [as roupas da campanha]. Ficarei com minha própria roupa, que compro na minha loja preferida em Anchorage [no Alasca]." Durante a polêmica, ela afirmou que as críticas aos gastos eram sexistas.
Também ontem, Palin sofreu um duro golpe na disputa. O jornal "The Anchorage Daily News", o maior do Alasca, declarou apoio a Obama.