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Big Brother em Israel

Que tal dar uma espiada no BBI?

A febre dos chamados reality shows chegou, finalmente, a Israel. Já escolhemos por aqui a nova top model do país, o mais novo chef de cozinha, um novo embaixador, já encontramos um namorado para Sharon, acompanhamos a corrida por um novo apartamento e testemunhamos o drama da sobrevivência numa ilha deserta, só para dar alguns exemplos. O mais famoso programa do gênero, no entanto, aterrisou na terra santa ontem à noite. Com oito anos de atraso, é verdade, mas o Big Brother Israel (traduzido para o hebraico como "Haach Hagadol", literalmente, o "Grande Irmão") arrebatou ontem 30.3% de rating e atropelou a concorrência. Esta aí ao lado é a sala da casa, mas vocês podem conferir a galeria de fotos dos 16 participantes. Parece que vem chumbo grosso por aí. Com um time que representa extremos da segmentada sociedade israelense, essa primeira temporada promete dramas que vão parar o país, com religião, idade, sexo, diferenças sociais. Tem de tudo e alguns personagens que merecem atenção especial:

Yossi e Einav Bublil
V
ocês podem imaginar a mãe do Alemão ou o pai da Grazi Massafera na casa junto com os filhos? Pois é. A produção aprontou essa com uma participante que já tinha tudo para dar o que falar. Einav, de 23 anos, é a típica jovem do subúrbio israelense. Moradora de Ashkelon, no sul do país, trabalha como vendedora numa loja de roupas, adora moda (de gosto extremamente duvidoso), extravagância e não dispensa longas unhas postiças. É a famosa "wanna be patricinha" que acaba fora do tom. Terá, certamente, um relacionamento complicado com as meninas de classe média alta, as "antenadas" que vêm de Tel Aviv ou Hertzelia, por exemplo. Usando um vestido amarelo que dispensa comentários, ela entrou na casa "abafando".
Mas, Einav quase teve uma síncope ao vivo quando viu a entrada triunfal do último "brother", seu pai, Yossi. O cinquentão motorista de táxi é também um típico personagem da selva cultural local. É o grosseirão, o judeu marroquino, cheio de razões. Sua presença é tão destoante que ele acabou caindo nas graças dos outros moradores, que com uma certa pena, riem de tudo. Pai e filha têm tentado manter distância dentro da casa. Enquanto muitos querem mandar o velho para o primeiro paredão, outros defendem sua presença, alegando que logo, logo a bomba familiar vai explodir e sacudir a casa.

Leon e Boris Shneidrovsky
Depois do choque pai-filha, imaginem agora um irmão gay do Cowboy na vila? Leon e Boris, de 22 anos, são irmãos gêmeos, mas diferentes não só na aparência, como na personalidade. Boris é o tipo machão, fuma e gosta de exibir os músculos e uma grande tatuagem nas costas. Leon, homossexual, adora moda, não esconde de ninguém o fato de usar maquiagem e tem sido nessas primeiras 24 horas uma espécie de mascote da casa, sempre saltitante, fazendo caras , bocas e poses para despertar o riso dos colegas. Leon dá sinais de ser um coringa com várias caras disfarçadas atrás do sorriso. Vale acompanhar.

Shifra Cornfeld
A ex-religiosa que vive num mundo cor-de-rosa, segundo suas próprias palavras. A aeromoça de 28 anos nasceu e cresceu numa comunidade judaica ortodoxa em Jerusalém. Decidiu, no entanto, fugir das rígidas tradições familiares e transformar-se numa figura moderninha para "ter o direito de fazer suas próprias escolhas". Na foto, a infância ortodoxa com o pai, um hippie americano que virou ultra-ortodoxo ao imigrar para Israel,  e uma dos sete (!) irmãos da moça. Shifra é hoje uma conhecida "bocão", que fala tudo o que pensa, descolada e cheia de atitude, já desponta como uma das favoritas para ganhar o milhão de shekels (cerca de US$ 285 mil) prometido ao vencedor que conseguir sobreviver ao confinamento de três meses.

Renin Boulus
A princesa árabe, como ela mesmo se define. Única não-judia na casa, a jovem árabe-israelense de 24 anos é uma cristã do kibutz Neve Shalom, onde árabes e judeus vivem juntos. Como não precisa servir o Exército, Renin estudou em Londres e resolveu participar do programa para derrubar as barreiras entre árabes e judeus. Ela diz ainda querer conviver com os companheiros judeus da casa e mostrar que pode ser árabe, cristã, palestina e cidadã israelense. Tudo ao mesmo tempo, sem conflitos de identidade. (Será?!)

Asher Simoni
Funcionário público, 30 anos, morador da cidade de Tbérias, no norte do país. (Na foto). Casado e pai de dois filhos, é um judeu tradicionalista, religioso, que usa a quipá, filactérios, cumpre os deveres de respeitar o Shabat (dia de descanso) e lê salmos pela casa. Se ele vai conseguir sobreviver ao liberalismo (e à possível libertinagem) dos outros moradores seculares da casa? Receita de confusão na certa.

 E no meio disso tudo, temos ainda outros estereótipos clássicos, como a imigrante russa (Jeni), a imigrante francesa (Vanessa), o narcisista machão que declarou ter horror a homossexuais (Eran), o bonzinho-bonitinho (Tzabar), a patricinha (Keren) que diz ter tudo fácil na vida (e odiar tipos como Einav!) e a loira femme fatale (Miki) que disse aos quatro ventos estar no programa por dinheiro e ser capaz de fazer tudo para vencer. Ela ainda mandou um recado aos colegas: "Tomem cuidado comigo!".

A onda de clichês despertou a ira de muitos críticos de TV, mas já garante o sucesso da empreitada. O que será que vai acontecer? Acho que nem Deus, Elokhim, Alá ou Jesus Cristo podem saber. Mas, como eu aposto que vocês estão curiosos, aí vai a boa notícia. Um grande diferencial em relação ao BBB é que aqui pode-se conferir, de graça, tudo o que está rolando na casa ao vivo, pela internet. Dá ainda para escolher entre quatro câmeras , acompanhar o besteirol, fazer aquela espionagem básica  e, é claro, esperar que os "brothers" (ou em hebraico, "achim") comecem a se matar lá dentro, hehehe.

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Magal
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