Matisyahu, o cantor judeu ortodoxo mais pop do mundo, se apresentou no Brasil este mês (dia 24/01 em Salvador, 28/01 no Rio de Janeiro e se apresentará 31/01 em São Paulo, na Hebraica)
Nascido Mathew Miller, nos Estados Unidos, numa família judaica, ele só descobriu sua vocação após uma viagem a Israel de onde voltou usando seu nome em hebraico para espalhar uma mensagem otimista, através da música, para o mundo.
Se Matisyahu precisou sair em busca de suas origens, e os artistas de lá? Será que são todos barbudões e usam aqueles cachinhos e kipá? E as mulheres, são cobertas com roupas até o último fio de cabelo? Eles têm MTV?
Os artistas que dominam as paradas de Israel não parecem estar tão preocupados com resgates de tradição. E não fariam feio, com clipes e visuais bem produzidos na MTV norte-americana.
Aliás, os nomes que compõem a fértil safra do pop israelense batem de frente com as tradições. E injetam frescor e novidade no cenário musical do país, além de despertar a curiosidade de pessoas no mundo todo para o que é produzido por lá.
O fascínio pelo exótico, o visual, a temática dos videoclipes e a sonoridade da maioria dos músicos de lá são extremamente diferentes do hebraico. São por essas e outras razões que esses jovens talentos colocam Israel na rota da música internacional.
A mais nova promessa da Helicon Records é Daniel Zilberstein, a versão local de Justin Timberlake. Lançado no finalzinho de 2006, seu primeiro álbum "Ma She'at Oseh Li" traz 12 faixas de apelo pop, um equilíbrio perfeito entre músicas para pista de dança, baladinhas de pegada R&B e, um toque, "superatual" de hip-hop.
O artista de vinte e poucos anos foi contratado pela gravadora não apenas pelo seu talento musical. Daniel é um jovem atraente e muito bem produzido como mostra essa matéria de um canal israelense.
A missão de Zilberstein não é fácil: repetir o sucesso alcançado por outra estrela da Helicon, Roni Duani.
O disco de estréia, "The World Outside my Door", foi lançado em 2003, quando ela tinha apenas 17 anos. Linda, loira e fazendo a linha Lolita foi sucesso absoluto! E graças ao primeiro single, Superstar, Roni ficou conhecida como Roni "Superstar" Duani ou simplesmente Roni Superstar tal a popularidade que alcançou.
Depois de cumprir o serviço militar (em Israel é obrigatório para todos os jovens, não importa o sexo), a Britney Spears israelense, como também é conhecida, volta ao cenário musical em 2005 com "Won't Stop" que traz o megahit Adoni.
Há também uma jovem cantora transexual chamada Nikka, que está se transformando numa "princesinha do pop". Primeiro, ela lançou dois singles: "See me Now" e "Naked in the Wind", e no final de 2006, chegou às lojas o resultado desse ambicioso projeto, o CD "Revolution".
Mas não foi dessa vez que a "moça" chegou ao top absoluto. Quem vai disputar a semifinal para tentar garantir a vaga de Israel no maior concurso de música euroupeu, são os caras do Teapacks.
Vale lembrar que a última vez que Israel levou o primeiro lugar no Eurovision Song Contest foi em 1998, quando Dana International levou a cidade de Birmingham, sede do evento naquela edição, abaixo com "Diva".
Depois da vitória, os ultraortodoxos tiveram que engolir Dana como celebridade nacional e internacional.
Mas nem só de garotas glamurosérrimas vive o top hits da "Terra Prometida". Tem lugar também para o hip-hop de Danidin que lançou "Holding On", seu álbum de estréia, no final do ano passado.
E já emplacou Love Song to the Muse entre as 10 mais pedidas do Music24.
Escolha o ritmo: Israel tem uma cena pop contemporânea em plena ebulição!
Outros nomes para prestar atenção:
Regev
Shiri Maimon
Aya Korem
Ninet Tayeb