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Partido deve se preparar para substituir Olmert, diz ministra israelense

Partido deve se preparar para substituir Olmert, diz ministra israelense

A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse nesta quinta-feira que o partido do governo, o Kadima, precisa se preparar para todos os cenários possíveis, incluindo uma substituição do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert. As afirmações da ministra elevam a pressão para que Olmert --que está sendo investigado por corrupção-- se afaste.

Os pedidos para que o primeiro-ministro deixe o poder aumentaram nesta semana desde que uma testemunha do caso, o empresário norte-americano Morris Talansky, afirmou ter dado dezenas de milhares de dólares a Olmert, em parte para financiar gastos pessoais do político.

Ontem, o ministro da Defesa e líder do Partido Trabalhista, Ehud Barak, pediu que Olmert deixe o governo. Ele considera incompatível que Olmert consiga liderar o país e, ao mesmo tempo, lide com problemas pessoais.

Já os comentários feitos nesta quinta-feira por Livni são os primeiros de um alto membro do mesmo partido de Olmert que questionam sua aptidão para permanecer no cargo.

"Eu acho que a realidade mudou desde ontem e o Kadima tem de tomar decisões", disse Livni a repórteres em Jerusalém. "É impossível ignorar o que aconteceu nos últimos dias", disse. "Suspeito que o Kadima precisa começar a agir agora mesmo para cada eventualidade, incluindo eleições", completou a ministra.

Livni disse ser favorável a eleições primárias dentro do partido para dar a oportunidade de o povo escolher um líder. "Neste sentido, podemos trabalhar para restaurar a confiança no Kadima", disse, sem mencionar Olmert pelo nome.

Pesquisas de opinião mostram que Livni é a política mais popular do país e que ela teria boas chances de vencer uma primária dentro do partido. No entanto, ela enfrenta rivais entre as lideranças partidárias.

Pressão

Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa, Ehud Barak, pediu que Olmert deixe o cargo até que fossem esclarecidas as suspeitas de suborno que pesam sobre ele.

O pedido de Barak aconteceu um dia após o empresário norte-americano Morris Talansky afirmar ter dado US$ 150 mil (R$ 249,3 mil) ao premiê israelense em um período de 15 anos. Uma grande parte teria sido dada em envelopes com dinheiro vivo. O depoimento faz parte de uma investigação envolvendo Olmert, que é suspeito de receber ilegalmente centenas de milhares de dólares de Talansky.

"Não acho que o premiê possa simultaneamente liderar o governo e tratar com seus próprios problemas", afirmou Barak, em Jerusalém. "Então, acho que ele deve se desligar da condução diária do governo", disse. "Ele pode fazer isso por qualquer uma das maneiras disponíveis --suspensão, férias, renúncia ou se declarando incapacitado. Não seremos nós que determinaremos isso", acrescentou.

Negativa

O premiê já foi ouvido formalmente duas vezes pelo caso. Olmert já havia dito, em audiências anteriores, que todo o dinheiro recebido foi utilizado para financiar campanhas eleitorais e assegurou que não colocou nenhuma moeda no bolso. Contudo, anunciou que renunciaria caso fosse culpado oficialmente.

21.mai.2008/Sebastian Scheiner/AP
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, é suspeito de ter recebido suborno
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, é suspeito de ter recebido suborno

De acordo com o "Haaretz", ontem Olmert mostrou-se tenso e disse que não tem intenção de renunciar ou se declarar incapacitado. Ele também teria pedido aos seus companheiros do Kadima para deixá-lo provar sua inocência.

"Eu fui injustiçado e é ilógico que um premiê seja derrubado por causa de algo deste tipo", disse Olmert durante conversas pessoais com os ministros do Kadima e com a maioria dos membros do Knesset (Parlamento).

"Algumas pessoas pensam que toda investigação requer uma renúncia. Eu não concordo e não tenho a intenção de renunciar", disse ele ontem, segundo o "Haaretz", durante um encontro em seu escritório com prefeitos da região da faixa de Gaza.

"Eu provarei que essas coisas nunca existiram", disse o primeiro-ministro ontem, segundo o "Haaretz".

Olmert é acusado também de retomar as conversações com a Síria para desviar a atenção sobre seus próprios problemas judiciais. O líder da oposição de direita, Benjamin Netanyahu, chegou a afirmar que o atual premiê não tinha nenhuma autoridade para negociar.

Com Associated Press



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Magal
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