Rei do Bahrein nomeia judia como embaixadora em Washington

O rei do Bahrein nomeou uma mulher judia como a embaixadora do país em Washington. Acredita-se que que a parlamentar Houda Nonoo seja a primeira embaixadora judia de uma país árabe.

Nonoo disse estar orgulhosa de servir seu país, "antes de mais nada como uma bareinita", acrescentando não ter sido escolhida por causa de sua religião. "É uma grande honra ser nomeada a primeira embaixadora mulher nos EUA e estou ansiosa para começar esse novo desafio", disse a bareinita à agência Associated Press.

O decreto foi emitido nesta quarta-feira pelo rei Hamad bin Isa al Khalifa e reproduzido pela agência de notícias oficial do país.

O Bahrein --país pró-Ocidente sob comando de sunitas mas de maioria xiita-- é uma aliado próximo dos EUA. Há cerca de 50 cidadãos judeus em uma população de quase 500 mil.

Nonoo, 43, mãe de dois garotos, serviu por três anos como parlamentar no Conselho Shura, onde seus 40 membros são nomeados. Ela substituiu seu primo Ibrahim Nonoo, parlamentar por quatro anos.

Negociante que vive tanto no Bahrein quanto em Londres, Nonoo também foi a primeira judia a comandar uma organização local de direitos humanos, a Bahrein Human Rights Watch.

Os judeus migraram à região no século 19, principalmente do Irã e do Iraque. Sua população aumentou no início do século 20, mas diminuiu após a criação de Israel e as guerras posteriores. A maioria foi a Israel, EUA e Europa.

Os judeus de hoje mantém uma discrição no Bahrein, trabalhando principalmente em bancos e no comércio, e fazem parte da rica elite comerciante do país.

No país, há uma sinagoga e um cemitério judeu particular. Na guerra de 1948, a sinagoga foi incendiada por muçulmanos, sendo reformada depois.

Bahrein não tem relações diplomáticas com Israel. Em 1969, uma delegação oficial de Israel visitou o Bahrein, mas manifestantes queimaram uma bandeira israelense em protesto. Em 2006, após assinar um acordo de livre comércio com Israel, o país fechou um escritório do governo que promovia o boicote a produtos israelenses.

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Magal
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