| E ao oitavo dia circuncidará..." (Vayikrá 12:3) Diz o Talmud no Tratado de Shabat: Disse Rabí Shimon Ben Gamliel: "Toda a Mitzvá que aceitaram com alegria", como o preceito da milá, cumprem-na com alegria. Difícil de entender como o preceito mais difícil de cumprir de toda a Torá e é aceite na sua maioria até pelo mais afastado dos judeus. Judeus não crentes, geralmente por princípios e não por conhecimentos, chegam a negar qualquer veracidade e até a duvidar da existência Divina, entretanto, no momento do nascimento do seu filho procuram urgentemente um mohel não somente para realizar a circuncisão ao seu filho, senão que não se envergonham de realizá-la na festa na qual a grande maioria dos participantes são "não crentes" tão aderentes como ele. Esta atitude tão ilógica, quotidiana na vida comunitária judaica apenas nos mostra a veracidade das palavras dos nossos Sábios e da importância deste preceito que nos acompanha até aos nossos dias. O primeiro circunciso, Avraham, com a idade de noventa anos recebeu do Todopoderoso a ordem de circuncidar-se, fê-la ele mesmo e desde então até aos nossos dias. Pelo mérito da circuncisão foi-nos prometida a Terra de Israel, como lhe confirmou o Todopoderoso a Avraham: "E confirmarei o meu pacto entre Eu e tu e a tua descendência depois de ti... e te darei a ti e à tua descendência a Terra que habitas, toda a terra de Canaã. O Rambam, Rabí Moshé Ben Nachmán, "Nachmánides", disse nos seus "Escritos": Insinuou na época do Mashiach quando a geração não tem méritos e esqueceu a Torá e cresça a insolência e o descaramento, não lhes ficou senão o preceito da circuncisão. Já em inícios da idade média, Nachmanides, nos advertiu da situação a que chegara o povo judeu mas garante que a circuncisão não será esquecida. O comentarista na Hagadá Bereshit, comenta o parágrafo em Yermiyahu (Jeremias 33:25): se não fosse pelo meu apcto dia e noite, não teria estabelecido as leis da natureza. Ainda que os filhos de Israel não tenham méritos , salvá-los-ei pelo mérito do Brit Milá.
Resumo da Parashá O Eterno dirigiu-se a Moshé e indicou-lhe as leis referentes à mulher parturiente, que ao dar à luz um filho varão, será impura durante sete dias e durante trinta e três dias se purificará. No oitavo dia cincuncidará o recém nascido. Se desse à luz uma menina, será impura duas semanas e purificar-se-á durante sete dias. Em ambos os casos de nascimento, a mulher, uma vez purificada, deverá dar oferta de expiação ao Cohen no Tabernáculo, que consistia num cordeiro e se não fosse possível, apresentará duas rolas ou pombas. Se uma pessoa contaria a doença de tzaráat (padecimento comparado à lepra) devia ser trazido perante o Cohen Gadol ou um dos seus filhos, que devia examinar o doente e seria declarado impuro. Ele estava proibido de entrar no Santuário. Se o isolassem durante sete dias e depois era examinado novamente. Se ainda se mantivesse infectado, devia continuar isolado durante outros sete dias e depois, se a mancha não se estendesse considerar-se-ia puro. As leis relacionadas com a tzaráat estende-se em diversas condições dadas pelo Todopoderoso. Inclusive se a roupa tivesse mancha de lepra, também devia ser apresentada ao Cohen e se mantinha isolada essa roupa durante sete dias. Depois devia ser examinada novamente pelo Cohen e se a mancha se tivesse expandido, seria impura. Devia queimar-se a roupa. No caso de se ter expandido, a mancha seria lavada e a roupa separada durante outros sete dias. Ao cabo desse tempo, o Cohen via se a mancha não mudou de cor, determinando que fosse queimada a roupa.
Rab. Shlomó Wahnón |