Nahum Sirotsky, Israel - As trocas entre as forças israelenses e os morteiros e qassams de Gaza ou terminam num entendimento ou guerra. Terceiras hipóteses estão sendo rapidamente eliminadas pelo que acontece nas últimas horas.
A região sul de Israel vem sendo alvo de chuvas de mísseis. Já existem vítimas alem de destruição. Na versão palestina, tais mísseis são resposta a operações israelenses nas quais têm sido mortos dirigentes do Hamas e civis, inclusive crianças. Na verdade trata-se de escolher o que vem primeiro, o ovo ou a galinha. Cada lado se considera o provocado e o outro o bandido.
Como Gaza está fora do alcance de jornalistas sediados em Israel o que se pode dizer, por observação e vivência, é que os habitantes da região sul de Israel vivem sob a expectativa de alerta vermelho, sinal para correrem aos abrigos. Vivem sempre próximo de ataque de nervos, Askelon, cidade do sul, de cerca de cem mil habitantes, começa a ser certeiramente alvejada.
O Ministério da Defesa determinou que fossem ativadas as sirenes, parte da vida de Israel sempre em estado de conflito. Isto significa o reconhecimento de que deverá ser atingida por número crescente de morteiros atirados de Gaza com mais probabilidades de sofrer vítimas devido a seu tamanho. Lá vivem amigos muito próximos.
Com freqüência, os sites de jornais israelenses informam sobre operações na região de Gaza e sobre número de vítimas palestinas, o que não desencoraja os soldados do Hamas, a organização palestina islâmica que tem o controle na área. Os líderes do Hamas vivem escondidos, pois sabem que estão jurados de morte por Israel que parece imaginar que eliminá-los seria o grande meio de parar com os Qassams.
Consta que o ministro da Defesa de Israel, general Barak, teria afirmado a Condoleezza Rice, a secretária de Estado americano, que antes da primavera não pretende pensar em nenhuma operação terrestre para valer. Há um evidente esforço do governo de encontrar meios alternativos a uma operação militar sobre Gaza que tende a ter elevados custos humanos para ambos e custos de vidas civis palestinas. Mas as guerras sempre podem acontecer mesmo que inoportunas.
Sderot, pequena cidade de gente de baixa renda, suporta os ataques há sete anos. Ao que consta, não tem nada de valor estratégico para a segurança de Israel. Askelon tem. Os palestinos sabem disto. Não é segredo. Não é crível que fique exposta aos artilheiros de Gaza. E não há defesa conhecida contra os qassam. Em um destes paradoxos, os qassam são tão primitivos que não podem ser reconhecidos pelos modernos mísseis antimísseis. E de acordo com o Hamas a luta para valer afetará, sem dúvida, as negociações de paz.
Condoleezza Rice está chegando para ver o que fazer.
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Magal
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