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Olmert acusa Israel de não cumprir acordo de paz

 

Olmert acusa Israel de não cumprir acordo de paz

JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, fez uma declaração sem precedentes, dizendo que ao continuar construindo em assentamentos na Cisjordânia, Israel não estava cumprindo totalmente com o recente plano de paz. As considerações de Olmert, publicadas ontem no jornal "Jerusalem Post", foram feitas poucos dias antes da visita do presidente norte-americano George W. Bush à região.

Bush quer acelerar as discussões entre Israel e os palestinos para finalizar um acordo de paz no final de 2008. Há especulações que o presidente também visite o Líbano e o Iraque, mas a Casa Branca não confirmou a informação. O acordo de paz deve ser baseado no plano do mapa do caminho que foi recolocado em discussão na recente conferência de paz em Annapolis, Maryland, quando Israel e palestinos oficialmente retomaram as discussões após sete anos de violências.

O mapa do caminho tinha naufragado logo depois de ser apresentado, em 2003, porque nenhum lado cumpriu as obrigações iniciais: Israel não parou as construções em assentamentos na Cisjordânia e os palestinos não reprimiram os militantes. Israel sustentou por muito tempo que era seu direito continuar a construir nos assentamentos existentes - definindo como "crescimento natural" da população assentada - algo que o mapa do caminho condena explicitamente.

Mas em sua entrevista para o "Jerusalém Post", Olmert reconheceu que Israel não estava honrando seus compromissos. "Há uma certa contradição em o que vemos atualmente e o que prometemos", Olmert disse. "Obrigações não existem apenas para serem cobradas dos outros, devem também ser honradas por nós. Então há um certo problema aqui", ele teria dito, segundo o jornal.

Olmert acrescentou que Israel acredita que uma carta de Bush ao governo israelense, de 2004, "torna flexível em certo ponto o que está escrito no mapa do caminho". Nessa carta, Bush diz que "os centros de população israelense existentes" devem ser levados em consideração quando as fronteiras finais do Estado palestino forem delimitadas.

Israel usou isso para afirmar que poderia manter os maiores assentamentos da Cisjordânia, onde está a maior parte das construções controversas. O negociador palestino Saeb Erekat saudou as observações de Olmert. Quando os dois lados admitem que não estão cumprindo as obrigações. "Esse deve ser o caminho para ambos cumprirem suas obrigações", disse Erkat.

O vice-premiê Haim Ramon disse que Israel poderia desmantelar cerca de duas dúzias de assentamentos não autorizados em um futuro próximo, outra obrigação do mapa do caminho. "Espero e também acredito que em um futuro próximo, durante a visita do presidente norte-americano e depois, medidas reais vão ser tomadas para remover esses postos avançados".



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Magal
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