Campanha procura últimos nazistas da América do Sul | |||||
A organização judaica de direitos humanos Centro Simon Wiesenthal lança nesta terça-feira, em Buenos Aires, a versão sul-americana da Operação: Última Chance (Operation: Last Chance, em inglês), uma campanha para encontrar nazistas escondidos e tentar processá-los pelos crimes cometidos durante o regime nazista na Alemanha (1933-1945). A operação, que será lançada na Argentina, Chile, Uruguai e Brasil, envolve uma campanha na mídia para encontrar os nazistas e oferece recompensa em dinheiro para quem fornecer informações que resultem em condenações. A América Latina foi destino de muitos nazistas quando os alemães foram derrotados na Segunda Guerra Mundial. Segundo a ONG, entre 150 e 300 suspeitos entraram apenas na Argentina depois da guerra. Para o chefe da busca por nazistas da organização, Efraim Zuroff, "a quantidade de nazistas criminosos de Guerra que fugiram para a América Latina é grande, por isso a Operação: Última Chance tem potencial para render resultados importantes na região". Na América Latina, o projeto será liderado pelo diretor do Centro Simon Wiesenthal em Buenos Aires, o argentino Sérgio Widder. No Brasil, a campanha será lançada em São Paulo no dia 4 de dezembro. Resultados A Operação: Última Chance começou em 2002 na Lituânia, Letônia e Estônia e já recolheu nomes de 488 suspeitos em 20 países, e entregou 99 nazistas às promotorias públicas. Desde o lançamento, a campanha já resultou em três mandados de prisão, dois pedidos de extradição e em várias investigações. O fundador do centro, Simon Wiesenthal, sobrevivente do Holocausto, morreu há dois anos. Durante várias décadas depois do genocídio dos judeus na Segunda Guerra Mundial, ele ajudou a levar à justiça mais de mil nazistas. Aproximadamente seis milhões de judeus foram assassinados nos campos de concentração e extermínio nazistas, que também executavam ciganos, homossexuais, deficientes físicos e dissidentes políticos. |
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Magal
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