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Shmita


Israel pode importar alimentos de Gaza durante período sabático shmita.

EFE - Israel estuda importar frutas e verduras da Faixa de Gaza durante o atual período sabático judeu e suspender o embargo que impôs aos produtos procedentes desse território palestino, declarado "entidade hostil" pelo Governo. 

A medida tentará evitar a escassez que pode ser provocada pela "shmita", um período sabático de doze meses na agricultura que acontece a cada sete anos. Os preceitos do judaísmo dizem que cada fazendeiro judeu em Israel deve deixar seus campos "descansarem" por doze meses a cada sete anos, assim como cada homem pode descansar a cada sete dias.

As autoridades israelenses estudam suspender a proibição à importação de produtos agrícolas de Gaza a fim de evitar a escassez de alimentos, confirmou à Efe a porta-voz do Ministério de Agricultura israelense, Dafna Yurista. "O Governo estuda todas as possibilidades para evitar que a economia fique prejudicada ou haja escassez de produtos", indicou. Israel recorreu em anos sabáticos anteriores às importações dos territórios palestinos, mas a possibilidade de isso ocorrer com produtos da Faixa de Gaza - considerada no dia 19 de setembro pelo Governo uma "entidade hostil" - gerou muita polêmica.

Nem todos estão de acordo que o país se abasteça com produtos vindos de um local considerado oficialmente "território inimigo" e controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que não reconhece a existência de Israel e não abandonou a luta armada. 

Autoridades religiosas como Ovadia Yosef, ex-Grande Rabino de Israel e líder do partido ultra-ortodoxo sefardita Shas, apóiam a venda simbólica da terra a não judeus para que elas possam ser cultivadas, o que evitaria a importação vinda da Faixa de Gaza. Outras, como alguns rabinos "ashkenazim", mostram-se contrárias a essa opção porque acham que é uma estratégia que "engana o mandato divino".

Entre estes grupos está a organização Otzar Ha''aretz, e um de seus simpatizantes, Yehoshua Strauss, opinou que "Israel não pode alugar suas terras para inimigos e fortalecer a agricultura palestina enquanto enfraquece a israelense". A atual "shmita" entrou em vigor no dia 12 de setembro, um dia antes do início do Ano Novo judaico de 5768, de acordo com o calendário que, segundo os judeus, começou com a criação do mundo. No fundo da atual controvérsia sobre a "shmita" está na verdade a de seguir ou não as leis da "kashrut", um "selo de garantia" para que a coleta e o tratamento dos produtos cumpram fielmente as regras relativas à alimentação e outras obrigatórias para os judeus praticantes.

"Seguir estas leis é questão de fé. Alguém acredita ou não. Israel, ao ser o lar do povo judeu e ter como ponto de referência a Torá (Pentateuco), deve adotá-las", disse à Efe o rabino Ezra Tarat, do Tribunal Rabínico de Tel Aviv e uma autoridade na matéria. 

Os certificados oferecidos por esse tipo de tribunal garantem ao consumidor que os produtos podem ser consumidos e eles se estendem a todos os produtos cultivados na terra, como é o caso das flores. "Esse documento me permite vendê-las sem nenhum problema. Os clientes (religiosos) perguntam se tenho o certificado. O preço das flores subiu cerca de 15% nas últimas semanas", disse à Efe Yossi Bensimon, proprietário de uma floricultura de Jerusalém.

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