Uma estratégia vencedora para
o combate ao anti-sionismo
o combate ao anti-sionismo
Sander Fridman, psiquiatra, graduado no Curso de Liderança
Jovem para a Diáspora pela Universidade Bar-Ilan (Israel)
Jovem para a Diáspora pela Universidade Bar-Ilan (Israel)
O filósofo Bernard Levy Strauss caracterizou com exatidão o movimento Islâmico radical: é um movimento expressamente contra os direitos humanos, anti-humanistas, anti-liberdades individuais e coletivas, anti-feministas - ou seja, apóiam totalitarismos religiosos. Causa espécie a dificuldade que temos encontrado em romper com nossa "tolerância politicamente correta" para denunciar a "intolerância anti-direitos humanos de grupos religiosos excêntricos, de todos os matizes, em diferentes países".
O caminho é deslocar o front do debate ideológico, levando-os "anti-sionistas" para a defensiva: constituir grupos de protesto e pressão em favor dos grupos, destes países, discriminados e privados dos mínimos direitos e dignidades humanas. Defender e manifestar-se pela liberdade e direitos femininos nos países árabes e outros, protestando em frente às embaixadas, chamando grupos feministas para se juntarem às manifestações, informando à mídia e à população das graves lesões de direitos humanos pelas quais se vitimam as crianças palestinas e islâmicas, ensinadas a odiar, preparadas para morrer, e não para viver, usadas como escudos humanos, privadas de alimentos, escola, proteção, amor, por seus compatriotas totalitários.
Mas é essencial fazer tudo isso com genuíno interesse, com genuíno amor por estas crianças e mulheres molestadas, abusadas, cabestreadas, das quais a dignidade e a vida são cotidianamente arrancadas por seus concidadãos fundamentalistas. Neste sentido, sugiro assistir ao filme israelense de Amos Gitai: "Free Zone", onde esta mesma mensagem pode ser lida: as mulheres islâmicas, assim como outros grupos oprimidos em suas liberdades e direitos, compreendem uma grande e silenciosa força em favor da paz, potencialmente em favor modo ocidental - e, portanto, "sionista" - apesar do que fazem crer os filmes de propaganda empregados por nosso "jornalismo" televisivo, com mulheres sempre liderando manifestações a favor da Sharraria (lei islâmica).
Uma população local orientada para os direitos humanos não aceitará a propaganda e as opiniões de quem viola, ou apóia violações, dos direitos humanos - seja em países estrangeiros, seja no Brasil! Sobre estas violações há abundância de material. Há vozes nestes e destes países - exilados - que se têm levantado contra tudo isso, e que merecem ser efetivamente apoiadas com recursos econômicos, levando o front ideológico e midiático para dentro dos respectivos países - e para longe de nossas fronteiras Como aliás acabou fazendo George W. Bush, que levou a fronteira da guerra islâmica do coração de Nova York para os bairros Iraquianos, Paquistaneses e do Afeganistão - de onde partiu - para a infelicidade destes povos e de todos nós que os queremos bem, mas que entendemos que este deslocamento da fronteira representa um encolhimento das áreas de dominação da sharraria e de influência das lideranças religiosas intolerantes e terroristas.
"Devemos abraçar a idéia essencial
sobre o judaísmo: Judaísmo = Direitos Humanos"
sobre o judaísmo: Judaísmo = Direitos Humanos"
Devemos abraçar a idéia essencial sobre o judaísmo: Judaísmo = Direitos Humanos, e esta é a tradução mais atual e compreensível (e também a mais vendável!) para, a um só tempo, o "Arravta LeRearra Camorra" ("ama teu próximo como a ti mesmo" - Torá, Kdushim, 19:18), para o "Im Ani Rak LeAtsmi, Má Ani?" ("Se eu for só por mim, o quê sou?" - Hillel, Pirkei Avót, 1:14), e para o "O que te for odioso, não o faças ao teu semelhante. Esta é a lei: todo o resto é comentário." (Hillel, Talmud, Shabbat, 31a). Estes são conceitos vencedores - enquanto idéias, pretensões - tanto nas tradições judaicas progressistas, liberal e "conservadora", como nas tradições cristãs progressistas, seculares e liberais. Devem, portanto, ser postos à prova, levados à eficácia, à prática, imediatamente, onde houver um mínimo de sensibilidade social. Onde não houver a efetiva sensibilidade social e midiática para os Direitos Humanos, esta sensibilidade deve ser imediata e contundentemente promovida, evocada, gerando a respectiva sensibilidade, fazendo deste um discurso honesto para nós brasileiros, para só então fazer sentido e apresentar contundência quando estes pleitos forem propostos entre nós para serem apresentados aos ditadores que submetem os povos de outros países a regimes sem liberdades e direitos humanos - exatamente os anti-sionistas.
Os Stalinista e a extrema direita nacionalista anti-americana - e por isso anti-sionistas - responsáveis pelas alianças ideológicas entre as sociedades seculares e o mundo islâmico - serão levados ao silêncio, do contrário serão desmascarados frente a uma população que se tornará cada vez mais hostil a quem defende ou releva quaisquer violações aos direitos humanos.
A tudo isto chamo "resolver o problema, de fato", re-conquistando corações, mentes e aliados que perdemos ao longo da guerra "fria" do petróleo, depois da Milrémet Iom aKipurim (Guerra do Dia do Perdão). Neste período, as iniciativas árabes anti-israelenses passaram a focar sobre o tabuleiro da opinião pública internacional, azeitada pelas necessidades internacionais de petróleo - inclusive com fortes reflexos sobre o Brasil, que iniciou racionamento de combustíveis através da limitação da velocidade nas estradas, que antes era de 120Km/hora, e passou por isso para os 80Km/hora, além de dar partida ao programa de pesquisas de fontes alternativas de energia que desembocaram na alternativa do álcool como combustível.
Neste contexto, países que não votassem com os árabes sansões contra Israel na ONU teriam um acesso prejudicado ao petróleo. Esta estratégia foi então extremamente bem sucedida. Seus reflexos permanecem, mas seus instrumentos não mais - pelo menos não tão claramente como na época. Novos tempos! Se trabalharmos direito, há boas chances de retomarmos o elevado prestígio que Israel encontrava no Brasil antes da guerra do petróleo, que pegou-nos muito dependentes do petróleo estrangeiro.