Na parashá desta semana, depois de nos ensinar as obrigações dos Cohanim, relata-nos a Torá a obrigação das festividades encabeçadas pelo Shabat, uma vez que todas as festividades se encontram relacionadas entre elas e encontram a sua razão de existir no Shabat, tal como está escrito: " Shabat Shabaton será para vós ". Todas as festas nos recordam a saída do Egipto e a entrega da Torá, enquanto que o Shabat recorda-nos a razão da criação do Universo: "Em seis dias fez...". E falou o Eterno a Moshé dizendo: "Fala aos filhos de Israel e lhes dirás: "Quando cheguem à Terra que Eu vos entrego e colheis da terra, tragam o Ómer, a primícia da colheita ao Cohen... E contareis para vós no dia seguinte ao da festividade que tragam o Ómer, sete semanas completas serão ...". Muita tinta se verteu para explicar este preceito tão especial da contagem do Ómer e a sua relação com Pessach e Shavuot. Os nossos Sábios ensinaram-nos a semelhança existente entre Pessach e Shavuot; as duas festas começaram na mesma data, no mesmo mês, no dia 15, ambas nos recordam a Saída do Egipto e as obrigações sobre a Matzá e a Sucá e com isso vivenciamos tal como os nossos pais na sua Saída do Egipto. À primeira vista parecia existir uma diferença entre ambas: Sucot finaliza com uma festa independente Shemini Atzret, festa própria sem as obrigações de Sucot e na qual se recita Shehecheyanu, como no princípio de todas as festas, a diferença do sétimo dia de Pessach no qual continuamos com todas as obrigações de Pessach. Parecia que não se podia comparar com Sucot, mas os nossos Sábios comentaram que as sete semanas do Ómer são Chol Hamoed de Pessach e o último dia, Shavuot, "a entrega da Torá"; assim, encontramos a semelhança existente entre as datas Simchá Torá e Shavuot: os 49 dias do Ómer, o Chol Hamoed. Assim disseram os nossos Sábios: "Os dias festivos e os Sábados foram-nos dados para que os dediquemos ao estudo da Torá". Estes dias do Ómer são considerados como parte dessa obrigação, de dedicá-los em especial ao estudo da Torá e deste modo foi estabelecido o estudo de Pirké Avot nos Sábados entre Pessach e Shavuot. Pirké Avot é a recompilação das principais parábolas dos nossos Sábios da época da Mishná, as quais formam os pilares da vida judaica, como disse Rabi Shimon Hatzadik: "O mundo mantém-se sobre três coisas: a Torá, o culto e a bondade". "A boa conduta antecede a Torá". Quizeram com estas palavras os nossos Sábios advertir-nos sobre a importância vital dos bons modos, da educação e das qualidades necessárias para poder receber a Torá.
Resumo da Parashá
O Todopoderoso ordena que os Cohanim (sacerdotes) deviam ser amostra da pureza e de total elevação. Não podiam impurificar-se pelo contacto com os mortos, salvo que sejam familiares próximos: pai, mãe, filhos, irmão e irmã que fosse virgem. Não podiam casar-se com uma mulher que não for casta nem com uma divorciada. Era-lhes proibido rapar a cabeça, aparar as pontas da barba e fazer tatuagens. No caso do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), a proibição de aproximar-se a um morto era total, ou seja, não estava permitido nem aos seus parentes mais próximos. Não podia casar-se com uma mulher viúva, nem divorciada, apenas com uma virgem. O Cohen não podia ter um defeito físico, uma vez sendo assim não podia oficiar no Santuário. Devia ser totalmente puro para poder aproximar-se ao Mishkan. O Eterno disse a Moshé que transmitisse ao Povo de Israel, informação sobre as festas e dias sagrados e de santa convocação, e nos dias em que estava proibido trabalhar.
1-O sétimo dia da semana, Shabat, é dia de estrito descanso.
2- No dia 14 de Nissan, ao cair o sol, será Pessach e no dia 15 não se trabalha. Durante uma semana comer-se pão ázimo, sem levedura. No dia 21 de Nissan, último dia de Pessach, também se não trabalha. Depois de estabelecerem na terra de Canaã, os Bnei Israel deviam apresentar como oferenda, primícia das colheitas e que foi chamada Ómer.
3- Decorridas sete semanas desde o segundo dia de Páscoa, deverá observar-se a Festa das Semanas, Shavuot, no dia 16 de Sivan. Deviam-se apresentar oferendas de comida baseadas em trigo da nova colheita.
4- O primeiro dia do mês de Tishrei será dia de descanso, Rosh Hashaná e celebrar-se-á com toque dev trombeta, Shofar.
5- No décimo dia do mês de Tishrei será dia de santa convocação, Yom Kipur e será dia de jejum e reza, dia de expiação dos pecados.
6- No dia quinze do mês de Tishrei será a festa das cabanas, Sucot e durará sete dias. No primeiro e oitavo dias serão dias de santa convocação. Os Bnei Israel deveriam levar quatro espécies, Etrog, Lulav, Hadassim e Aravot, como símbolo de agradecimento e durante esses sete dias deve-se viver em cabanas, para assim recordar a passagem do Povo pelo desertoi depois da saída do Egipto.
7- O dia vinte e dois do mês de Tishrei devia ser observado como dia de descanso.
A parashá continua com a mensagem do Todopoderoso na qual se recorda ao Povo de Israel que devia prover azeite de oliveira para as lamparinas do Beit Hamikdash e que os Cohanim deveriam mantê-las acesas desde o entardecer até a manhã seguinte, continuamente. Assim, o Eterno assinalou como deveria ser feito o pão da proposição.
Todas são leis eternas.
Rab. Shlomó Wahnón
O Todopoderoso ordena que os Cohanim (sacerdotes) deviam ser amostra da pureza e de total elevação. Não podiam impurificar-se pelo contacto com os mortos, salvo que sejam familiares próximos: pai, mãe, filhos, irmão e irmã que fosse virgem. Não podiam casar-se com uma mulher que não for casta nem com uma divorciada. Era-lhes proibido rapar a cabeça, aparar as pontas da barba e fazer tatuagens. No caso do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), a proibição de aproximar-se a um morto era total, ou seja, não estava permitido nem aos seus parentes mais próximos. Não podia casar-se com uma mulher viúva, nem divorciada, apenas com uma virgem. O Cohen não podia ter um defeito físico, uma vez sendo assim não podia oficiar no Santuário. Devia ser totalmente puro para poder aproximar-se ao Mishkan. O Eterno disse a Moshé que transmitisse ao Povo de Israel, informação sobre as festas e dias sagrados e de santa convocação, e nos dias em que estava proibido trabalhar.
1-O sétimo dia da semana, Shabat, é dia de estrito descanso.
2- No dia 14 de Nissan, ao cair o sol, será Pessach e no dia 15 não se trabalha. Durante uma semana comer-se pão ázimo, sem levedura. No dia 21 de Nissan, último dia de Pessach, também se não trabalha. Depois de estabelecerem na terra de Canaã, os Bnei Israel deviam apresentar como oferenda, primícia das colheitas e que foi chamada Ómer.
3- Decorridas sete semanas desde o segundo dia de Páscoa, deverá observar-se a Festa das Semanas, Shavuot, no dia 16 de Sivan. Deviam-se apresentar oferendas de comida baseadas em trigo da nova colheita.
4- O primeiro dia do mês de Tishrei será dia de descanso, Rosh Hashaná e celebrar-se-á com toque dev trombeta, Shofar.
5- No décimo dia do mês de Tishrei será dia de santa convocação, Yom Kipur e será dia de jejum e reza, dia de expiação dos pecados.
6- No dia quinze do mês de Tishrei será a festa das cabanas, Sucot e durará sete dias. No primeiro e oitavo dias serão dias de santa convocação. Os Bnei Israel deveriam levar quatro espécies, Etrog, Lulav, Hadassim e Aravot, como símbolo de agradecimento e durante esses sete dias deve-se viver em cabanas, para assim recordar a passagem do Povo pelo desertoi depois da saída do Egipto.
7- O dia vinte e dois do mês de Tishrei devia ser observado como dia de descanso.
A parashá continua com a mensagem do Todopoderoso na qual se recorda ao Povo de Israel que devia prover azeite de oliveira para as lamparinas do Beit Hamikdash e que os Cohanim deveriam mantê-las acesas desde o entardecer até a manhã seguinte, continuamente. Assim, o Eterno assinalou como deveria ser feito o pão da proposição.
Todas são leis eternas.
Rab. Shlomó Wahnón
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Magal
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