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Militantes dizem que seu objetivo é ver o Líbano livre de qualquer influência estrangeira |
O MPL é liderado pelo general cristão-maronita Michel Aoun, que historicamente é um dos maiores adversários de Damasco desde que o exército sírio forçou a saída dele da presidência do Líbano, no fim dos anos 80.
Naquele momento Aoun se exilou na França – onde foi inclusive vítima de um atentado que ele atribuiu a Damasco –, mas quando voltou para o Líbano no ano passado ele acabou se aliando às forças pró-Síria.
Críticos do general dizem que ele fez isso só porque percebeu que não teria espaço político para trabalhar entre os opositores de Damasco, mas partidários de Aoun dizem que o interesse dele é de união nacional.
"Se você estudar a história política do Líbano vai perceber que nós somos a força que sempre se opôs ao regime sírio. Eles (o atual governo) tentam agora classificar o general Aoun de pró-Síria porque querem disfarçar os entendimentos que eles têm com os Estados Unidos", disse o coordenador estudantil do MPL, Marc Sassine.
Alianças
Mas no grupo oposicionista em que o MPL participa hoje está o Hezbollah – que recebe apoio da Síria, embora afirme que tem ideologia nacionalista – e também o Partido Nacional Socialista Sírio, uma agremiação que defende abertamente uma integração maior entre os dois países.
Sassine diz que o entendimento com estes grupos políticos é apenas em torno de alguns princípios básicos e não uma aliança completa.
"Nós queremos um governo de união nacional, reforma da lei eleitoral e novas eleições em breve. Estamos unidos com o Hezbollah e com outros partidos libaneses em torno destes princípios", disse Sassine.
Analistas também dizem que Aoun tem a firme intenção de voltar à presidência do Líbano e que ele não teria nenhum espaço para isso se estivesse aliado com o atual grupo governista.
"Não tem nada de errado com querer ser presidente do Líbano, mas não é verdade que o general Aoun faria qualquer coisa por isso", afirmou Sassine.
Influências
Os militantes do MPL dizem que o objetivo deles é ver o Líbano livre de qualquer influência estrangeira.
"Não somos pró-Síria, pró-Estados Unidos ou pró qualquer outro país. Somos libaneses e queremos o Líbano livre", disse o estudante Eli Alacha.
Analistas concordam com a afirmação dos militantes de que Aoun não pode ser classificado como um político pró-Síria. Mas exatamente por isso eles advertem que o general pode ficar em situação delicada quando terminar a união das oposições em torno das exigências feitas agora.
Também faz parte da aliança oposicionista um outro grupo cristão menor, inspirado nas ideologias de Suleiman Frangieh, que presidiu o Líbano entre 1970 e 1976 e morreu em 1992. Mas ao contrário de Aoun, o ex-presidente Frangieh liderava os cristão aliados do regime sírio.
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Magal
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