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Hamas avisa que não cede poder nem reconhece Israel

 

 
Hamas avisa que não cede poder nem reconhece Israel
Sexta, 06 de outubro de 2006, 12h53 - Agência Estado

 
O grupo islâmico radical Hamas não será removido do governo nem reconhecerá Israel, avisou hoje o combativo primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniye durante uma manifestação pública realizada em um estádio de Gaza. Ao mesmo tempo, ele convidou a facção política moderada Fatah a retomar as negociações para a formação de um governo de unidade nacional, mas rejeitou a mais recente sugestão para a formação dessa coalizão: um gabinete dominado por tecnocratas.

 
A idéia foi ventilada por dirigentes do Hamas como alternativa para a obtenção de apoio internacional e do fim de um boicote político e econômico que já dura sete meses. "Há novos cenários sendo propostos, como um governo de emergência, um governo tecnocrata ou eleições antecipadas", disse Haniye a dezenas de milhares de simpatizantes. "Todos esses cenários têm como pano de fundo apenas um objetivo: tirar o Hamas do governo", denunciou.

 
Haniye reiterou que o Hamas está disposto a inserir mais partidos em seu governo, mas assegurou que o grupo radical islâmico não amenizará suas posições. Como condição para suspender os embargos ao Hamas, a comunidade internacional exige que o grupo radical renuncie à violência, reconheça o direito de existência de Israel e aceite acordos de paz assinados no passado entre o governo israelense e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

 
"Nós faremos parte de todo e qualquer governo e continuaremos governando", assegurou. "Nós não reconheceremos Israel", prosseguiu. Haniye também pediu ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, que retorne a Gaza para que o Hamas e a moderada Fatah possam voltar a negociar a formação de uma coalizão de unidade nacional. As negociações entre os dois grupos ruíram no início da semana. Abbas acusou o Hamas de ter voltado atrás de um acordo anterior. Haniye, por sua vez, acusou a comunidade internacional de ter tentado impor sua vontade ao Hamas.

 
Durante seu discurso, Haniye desmaiou por alguns segundos. Primeiro, algumas de suas palavras começaram a ficar confusas. Depois, ele parou de falar no meio de uma frase e caiu sobre assessores que estavam próximos dele no momento. Ele foi colocado em uma cadeira e reanimado. Haniye, de 46 anos, jejuava no momento do discurso. Como todo muçulmano devoto, ele jejua durante o dia ao longo do mês sagrado do Ramadã.

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