Após ataques, Hamas fecha escritórios do governo | ||||||||
O governo palestino liderado pelo Hamas suspendeu o trabalho em todos os ministérios nesta segunda-feira em protesto contra ataques a prédios públicos e a seus funcionários por manifestantes em Ramallah, na Cisjordânia. A administração disse que a suspensão ocorre também devido a "tentativas de seqüestro de funcionários". Não há detalhes sobre quando o trabalho será retomado ou quais os passos que serão dados para manter o governo em funcionamento. Correspondentes dizem que a iniciativa de fechar os escritórios do governo vem em meio ao mais grave confronto entre o Hamas e a facção rival palestina, Fatah, desde que o Hamas chegou ao poder, em março. Pelo menos oito pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas no domingo em choques entre partidários de Hamas e Fatah. Algumas empresas na Cisjordânia fecharam as portas nesta segunda-feira depois de um pedido da Fatah. Na Faixa de Gaza, ocorreram breves choques entre homens armados, mas não há notícia de mortos ou feridos. Milícia A violência eclodiu na região no domingo, depois que uma milícia criada pelo Hamas tentou por fim a protestos por salários atrasados pelas forças de segurança consideradas leais à Fatah. O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, do Hamas, pediu calma depois dos confrontos de domingo.
O Ministério palestino do Interior disse que a milícia do Hamas recebeu ordem de se retirar e as ruas de Gaza voltaram para o controle das forças de segurança regulares. Na segunda-feira, manifestantes ligados ao Fatah apedrejaram a casa do ministro de Assuntos de Refugiados, Afef Udwan, em Beit Hanoun. Soldados do Hamas dispararam para o ar para dispersar a multidão. Outro incidente foi registrado no principal hospital da cidade de Gaza, quando apoiadores do Fatah foram buscar o corpo de uma pessoa morta no domingo e entraram em choque com seguranças do Hamas. Testemunhas dizem que um tiroteio de 20 minutos entre os grupos não deixou mortos. Disputa de poder O governo do Hamas tem dito que não tem condições financeiras de pagar os salários dos servidores devido às sanções impostas por Israel e por países ocidentais, que consideram o Hamas uma organização terrorista. Ao mesmo tempo, o premiê Haniya enfrenta uma disputa de poder com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, do Fatah. Ambos têm tentado formar um governo de coalizão nacional, oito meses após a vitória eleitoral do Hamas. Abbas está sendo pressionado por Washington para não formar um governo de unidade com o Hamas, a não ser que o grupo atenda demandas internacionais, como o reconhecimento da legitimidade do Estado de Israel. Esta semana, Abbas se encontra com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, para tentar retomar as negociações de paz entre Palestina e Israel. |
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Magal
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