Olmert tenta salvar a coalizão do governo israelense

Olmert tenta salvar a coalizão do governo israelense

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Olmert tenta salvar a coalizão do governo israelense


AFP

10:57 05/09

O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, em meio a uma crise política depois da guerra no Líbano, tenta salvar sua coalizão de governo convidando ao diálogo o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, depois de abandonar seu plano de retirada unilateral da Cisjordânia.

 

Olmert, cuja coalizão ficou sem projeto político, agora quer retomar as negociações com a presidência palestina.

O vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, disse, inclusive, que o premier deve ligar para Abbas e convidá-lo para uma reunião.

"É preciso iniciar negociações baseadas no Mapa da Paz", declarou Peres nesta terça-feira, referindo-se ao mais recente plano de paz internacional para a região, apoiado pelo Quarteto para a Paz (Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU).

"Desde o instante que for resolvido o caso de nosso soldado seqüestrado, e espero que o seja, isso é o que Olmert fará", acrescentou Peres, dando a entender que a libertação do cabo Gilad Shalit, seqüestrado em 25 de junho por grupos armados palestinos, é algo iminente.

Peres não se mostrou surpreso com o fato de Olmert ter abandonado o plano de retirada da Cisjordânia. "O plano unilateral só aconteceria em caso de fracasso das negociações bilaterais", explicou o número dois.

O ministro da Defesa Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista e sócio-chave do governo de coalizão, ficou escandalizado com a desistência do plano Olmert.

"Um governo sem horizonte político é um governo sem futuro", declarou ele ao jornal Yediot Aharonot. "Israel não pode ficar sem opções políticas porque o primeiro-ministro renunciou ao plano de reagrupamento", acrescentou.

"O plano de reagrupamento não está neste momento em nossa lista de prioridades, como estava há dois meses", afirmou Olmert. "As prioridades do governo mudaram depois da guerra no Líbano", explicou, enfatizando a necessidade de se reunir com Mahmud Abbas.

O "Plano de reagrupamento" de Olmert, que visava a fixar unilateralmente as fronteiras orientais de Israel, previa o desmantelamento das colônias isoladas da Cisjordânia, a retirada de 70.000 colonos e sua transferência para os grandes blocos dos assentamentos que o Estado hebreu quer anexar definitivamente.

Outro grande ponto de atrito é o orçamento de 2007, que o ministro das Finanças, Abraham Hirshson, apresentou nesta terça ao Parlamento.

As restrições orçamentárias previstas para financiar parte do custo da guerra no Líbano, em detrimento dos gastos sociais, desatou enérgicos protestos no Partido Trabalhista, principal sócio de governo de Olmert.

Hirshson assegurou que a guerra no Líbano teve "um impacto significativo no orçamento de Estado". Fontes de seu ministério indicaram que o custo do conflito pode chegar a 3,3 bilhões de dólares.


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