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Nordeste tem maior concentração de Marranos

Kahal zur Israel
Hoje, apesar de não haver pesquisa sobre número populacional, o contingente de marranos pode ser percebido com mais facilidade no Nordeste do país, em virtude da colonização holandesa no Recife e em Pernambuco. 

A primeira comunidade judaica em Pernambuco surgiu no século XVI e foi fortalecida na metade do século XVII, principalmente pela liberdade religiosa do governo de Maurício de Nassau, que fundou a Primeira Sinagoga das Américas.

A perseguição aos judeus recomeçou no século XX e Recife voltou a ser uma região propícia para que a comunidade judaica pudesse se integrar cultural e economicamente. O que acabou por se espalhar pelo país. Para a professora de história Anita Wangort Novinsky, os costumes judaicos permaneceram na cultura dos marranos ao longo dos tempos. “Eles receberam o calendário judaico com a data do jejum. As comunidades, então, se comunicavam com tiros e símbolos para indicar uns aos outros o dia do Bom Ano (Shaná Tová), o dia mais sagrado para o cristão-novo”, explicou.

Os marranos formaram as principais comunidades na Bahia, em Pernambuco, nas cidades de Vila Boa e Vila do Ouro, em Goiás. Também fixaram residência em Sabará, Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, além das cidades de Alcântara e São Luis, no Maranhão. O principal destino foi São Paulo.

“Esse é um outro Brasil que está se descobrindo. Os marranos não podiam ir à sinagoga, pois não tinham esse espaço aqui no Brasil, Por isso, os judeus no mundo rezavam por esses marranos, cantando na véspera do Dia do Perdão (Yom Kipur) a música Kol Nidre”, disse a professora, lembrando que esta canção é muito triste, mas que “tem uma beleza muito grande por conta da homenagem aos judeus que não podiam manter a cultura fora de sua terra de origem."

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