As sete mortes de civis, nas cidades de Acre e Maalot, elevaram para 26 o número de vítimas fatais de ataques com mísseis lançados desde o Líbano pelo Hizbollah durante o conflito.
Mais de 150 foguetes foram lançados no intervalo de uma hora no fim da tarde. Além dos sete mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas, de acordo com a polícia. Foram os piores ataques desde a ofensiva de 16 de julho contra Haifa, em que oito pessoas morreram.
A salva de mísseis foi mais um sinal de que o grupo guerrilheiro ainda representa uma forte ameaça a Israel, apesar das declarações do premiê israelense, Ehud Olmert, que na quarta-feira disse que Israel havia destruído a infra-estrutura do Hizbollah.
O Hizbollah lançou na quarta-feira mais de 200 foguetes contra Israel, em sua onda de ataques mais intensa desde o início dos confrontos.
Numa estrada perto de Maalot, os carros frearam de repente e os motoristas tiveram de se esconder das explosões. "As pessoas estão acuadas em abrigos — é difícil, mas as pessoas entendem que os soldados ainda estão lutando no Líbano e que vamos superar esse período", disse o prefeito de Acre, Shimon Lancry, a uma emissora de TV.
Cerca de 10 mil soldados israelenses já entraram em território libanês na ofensiva terrestre contra o Hizbollah. A emissora Canal 10 disse que o Exército criou uma "zona de segurança" formada por cerca de 20 cidadezinhas libanesas que ficam a até 6 km da fronteira.
"Eles vão permanecer lá até que a força multinacional chegue", disse a emissora, citando o Exército como fonte. A reportagem não especificou se isso significa que o avanço em território libanês foi concluído ou não.
A porta-voz-chefe do Exército, a general de brigada Miri Regev, disse que as Forças Armadas não têm intenção de tornar permanente a mobilização atual no Líbano. Israel retirou-se do sul do Líbano em 2000.
"Pretendemos sim limpar de terroristas do Hizbollah uma área próxima à fronteira com o Líbano, para evitar que eles atirem contra Israel e para atingir sua infra-estrutura", disse ela à Rádio do Exército. "No momento temos sete divisões na área."
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, disse que 900 pessoas já foram mortas por ataques israelenses no Líbano.
O total de baixas israelenses é de 66, incluindo 40 militares. Os confrontos tiveram início no dia 12 de julho, quando militantes do Hizbollah sequestraram dois soldados israelenses e mataram oito.
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Magal
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