Esta é a primeira vez que Israel ataca um campo de refugiados controlado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em território libanês, desde o início do conflito, há quase um mês.
Outro bombardeio, contra o vale do Bekaa --região onde há grande concentração de brasileiros--, matou um membro do Hizbollah, além de sua mulher e seus cinco filhos.
O estopim do conflito foi o seqüestro de dois soldados israelenses no último dia 12, levado a cabo pelo Hizbollah. A ação deixou ainda outros oito soldados e dois membros do Hizbollah mortos. Desde então, Israel ataca o Líbano por terra, ar e mar, deixando inúmeras cidades libanesas destruídas, sem luz, água e telefone.
O Hizbollah também lança dezenas de foguetes Katyusha contra o norte de Israel diariamente. Até o momento, a violência deixou um saldo de mais de mil mortos, 900 deles no Líbano.
A cidade de Sidon possui cerca de 150 mil habitantes, mas atualmente abriga outros 115 mil que fugiram de suas cidades para escapar dos bombardeios de Israel --além dos cerca de 75 mil palestinos que vivem no campo de refugiados de Ein Helue desde 1948 [refugiados de outra guerra entre árabes e israelenses].
O saldo desde a noite de ontem por bombardeios israelense é de 14 civis mortos no Líbano. Segundo o Exército israelense, ao menos 30 membros do Hizbollah foram mortos ontem. Em combates por terra, cinco soldados israelense morreram e 14 ficaram feridos.
Nesta quarta-feira, cerca de cem foguetes do Hizbollah atingiram cidades no norte de Israel, sem deixar vítimas. Cerca de 3.000 foguetes foram lançados contra o território israelense desde que os confrontos tiveram início.
Apesar da violência e da destruição registradas em cerca de um mês, Israel já anunciou que pretende ampliar ainda mais sua ação no Líbano, a fim de minar as possibilidades do Hizbollah. O objetivo de Israel é o de ocupar uma área de cerca de 30 km no sul do Líbano, onde fica o rio Litani [principal provedor de água à região], de onde são lançados a maioria de foguetes contra seu território.
Cerca de 10 mil soldados já ocupam parte do território libanês e travam sangrentas batalhas com membros do Hizbollah no sul do país --64 soldados israelenses já morreram nos conflitos.
Nesta segunda-feira (7), o governo libanês propor o envio de 15 mil soldados ao sul do país a fim de garantir a segurança e evitar que membros do Hizbollah lancem foguetes contra o norte israelense. A proposta também exige a retirada imediata de cerca de 10 mil soldados israelenses que invadiram o Líbano.
Israel disse ter achado interessante a proposta libanesa de enviar 15 mil soldados ao sul país, e prometeu estudá-la. O Hizbollah também sinalizou positivamente. Apesar disso, ambos mantêm seus ataques.
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Magal
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