| |
Ataque a Haifa foi o pior do Hezbollah até agora. |
Este é o ataque mais letal do grupo radical libanês desde que começaram os confrontos com Israel há cinco dias.
Todos os mortos eram trabalhadores de uma garagem da rede ferroviária israelense, onde as composições recebiam manutenção.
Como conseqüência, a rede ferroviária cancelou todas as viagens de trens para o norte do país, com o sistema funcionando somente até a cidade de Binyamina, que fica ao sul de Haifa.
A situação ficou mais tensa depois que o governo da Síria anunciou que responderá, caso seja atacada por Israel, causando "perdas inimagináveis".
Alerta
O Comando de Retaguarda de Israel colocou todo o norte do país – uma região de cerca de um milhão de pessoas - em estado de alerta e disse que os ataques dos mísseis podem chegar à Tel Aviv.
Israel terá um sistema de alarmes em caso de ataques. É a primeira vez, desde a Guerra do Golfo (em 1991) que este sistema é usado nas grandes cidades israelenses.
Segundo as últimas informações, no caso de mísseis serem lançados em direção a Tel Aviv, as sirenes soarão por um minuto antes da queda, dando a população um minuto para procurar um abrigo em espaços protegidos.
O ataque a Haifa é ainda mais relevante pela distância da cidade em relação à fronteira (cerca de 30km)
A cidade de Haifa entrou em pânico durante os ataques, com os motoristas abandonando os carros nas ruas e fugindo a pé.
As autoridades estão pedindo aos donos dos veículos que voltem para tirá-los das ruas para permitir o acesso dos serviços de emergência.
O Hezbollah anunciou que o ataque a Haifa é uma represália aos ataques que aconteceram no sul de Beirute na madrugada deste domingo, quando o prédio da emissora de TV do grupo foi completamente destruído. A emissora, contudo, segue transmitindo.
Neste domingo, o conflito entre Israel e o Hezbollah chegou ao seu quinto dia, logo depois que as Nações Unidas fracassaram em chegar a um acordo pedindo o cessar fogo na região.
O representante do Líbano na reunião afirmou que o governo libanês estava "muito desapontado" com o desfecho do encontro e que isso mandaria "um sinal errado, não só para o Líbano, mas também para o mundo árabe".
Fuga
O correspondente da BBC em Beirute, Ian Pannell, afirma que o número de moradores e estrangeiros tentando deixar a capital libanesa está aumentando sem parar, mas com Israel atacando as regiões fronteiriças e as rodovias do país, isto está cada vez mais difícil.
Ainda segundo Pannell, caminhões do corpo de bombeiros foram para as ruas em emergência para apagar o fogo numa importante central elétrica da cidade, mas ficaram sem água e apelos foram feitos pela TV para a população prestar assistência.
Apelo
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, criticou Israel por ter atacado o seu país e pediu um cessar-fogo imediato e a intervenção da Organização das Nações Unidas, em um pronunciamento em cadeia nacional neste sábado.
Siniora condenou o que classificou de "guerra injusta e ilegal", referindo-se à ofensiva lançada por Israel contra o Líbano que já deixou mais de 90 mortos desde quarta-feira.
Com a voz embargada, o primeiro-ministro afirmou que o Líbano está sendo destruído, mas que os libaneses vão se manter firmes e reconstrui-lo.
O pronunciamento foi transmitido na televisão ao cabo de um dia de intensos bombardeios israelenses em vários pontos do país.
--
Magal
Acesse: http://hebreu.blogspot.com