O grupo de manifestantes invadiu o prédio onde estão as embaixadas da Dinamarca, do Chile e da Suécia e ateou fogo aos escritórios diplomáticos, que ficaram praticamente destruídas. Testemunhas informaram que centenas de pessoas invadiram o edifício durante o protesto. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas e outras dezenas foram detidas pela polícia, afirmaram as fontes.
A embaixada da Noruega também foi invadida por centenas e incendiada. Segundo relatos, os manifestantes, em grande parte os mesmos que invadiram a embaixada dinamarquesa, percorreram a cidade até chegarem à representação norueguesa.
Uma vez lá, começaram a lançar pedras e outros objetos antes de invadir o local e incendiá-lo. "Todas as embaixadas ocidentais devem arder porque pertencem aos cruzados", gritavam os manifestantes, que após incendiarem a legação diplomática norueguesa se dirigiram à embaixada americana.
No entanto, a sede da representação diplomática dos EUA em Damasco estava cercada pela polícia síria, que não permitiu que os manifestantes se aproximassem.
A embaixada da França também sofreu tentativa de invasão, mas o grupo foi impedido pelas forças sírias. Os agentes lançaram gases lacrimogêneos e usaram jatos de água para dispersar os manifestantes.
Caricaturas de Maomé
A publicação de charges de Maomé pela imprensa européia é a cauda da onda de protestos no mundo muçulmano. As 12 ilustrações foram publicadas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten no dia 30 de setembro de 2005 e acabaram reproduzidas pela revista norueguesa Magazinet no dia 10 de janeiro.
Desde então, vários meios de comunicação europeus republicaram as charges em solidariedade ao jornal dinamarquês. Em um dos desenhos, Maomé aparece usando um turbante em formato de bomba.