"Esta é uma ação coordenada para espalhar o ódio contra Israel e o Ocidente nos países muçulmanos. É um ato de represália pelas caricaturas de Maomé reproduzidas em jornais europeus", disse Ala Guerber, presidente desta fundação, criada em 1995.
Guerber pediu à comunidade internacional para conter a campanha anti-semita lançada pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que inclusive colocou em dúvida várias vezes a veracidade do holocausto.
"É um sintoma muito perigoso. O mundo deve entender que se trata de uma abominável provocação política. Se não pararmos agora, a cadeia de fatos dos últimos dias pode desembocar em um choque entre civilizações e em uma situação de 'pré-guerra'", disse.
O concurso internacional de charges foi convocado em sua edição de hoje pelo jornal Hamshahri de Teerã, sob o título "Onde está o limite da liberdade do Ocidente?".
O jornal convocou o prêmio, no qual colabora a Casa de Caricaturas do Irã, em resposta ao jornal dinamarquês que, segundo o meio de imprensa, "convocou vários caricaturistas para insultar os valores do Islã" em setembro do ano passado.
Na mesma linha, o Grande Rabino da Rússia, Adolf Shayévich, considerou hoje o concurso de charges sobre o holocausto como uma "inadequada" reação à reprodução de caricaturas de Maomé em vários jornais europeus.
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Jorge Magalhães
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