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Olmert diz que Israel terá que abandonar regiões da Cisjordânia

O primeiro-ministro interino Ehud Olmert disse hoje que Israel terá que se retirar de algumas regiões da Cisjordânia, mas afirmou que o país manterá Jerusalém sob sua soberania.

Em seu primeiro discurso como chefe do Governo interino, Olmert afirmou que "a prioridade essencial" de Israel agora é "estabelecer suas fronteiras permanentes para garantir uma maioria judaica". Para isso, afirmou, deve existir também um Estado palestino ao lado do israelense.

"A criação de dois Estados nacionais é a solução para garantir a existência de Israel", disse. "Para assegurar a maioria judaica não podemos continuar mantendo os territórios em que os palestinos vivem. Devemos criar uma divisão entre as duas entidades".

O discurso, feito na Conferência de Herzliya, fórum independente sobre assuntos de segurança encerrado hoje na cidade de mesmo nome, ao norte de Tel Aviv, marcou as linhas da política de Olmert para os palestinos, que coincide com a do primeiro-ministro Ariel Sharon, em coma em um hospital desde o dia 4 deste mês.

"Não podemos continuar controlando as partes dos territórios onde vive a maioria dos palestinos", ressaltou Olmert, interrompido várias vezes pelos aplausos do público.
"As opções são permitir que os judeus vivam em todas as partes da Terra de Israel ou em um Estado de maioria judaica", afirmou o chefe de Governo interino.

A posição do primeiro-ministro interino vai de encontro à de grupos ortodoxos, que consideram que o país deve ocupar toda a Terra de Israel bíblica. Olmert disse que "Israel manterá zonas seguras, principalmente blocos de assentamentos e lugares importantes para o povo judeu".
Além disso, ressaltou que "não pode haver um Estado judeu sem Jerusalém sob soberania israelense".

Segundo o premier interino, nenhum refugiado palestino voltará ao território de Israel, pois a criação de um Estado independente é a solução para o problema de todos os palestinos.
"O desafio maior que temos diante de nós é a definição das fronteiras internacionais de Israel para garantir a maioria judaica" no país, reforçou.

Olmert disse ainda que um Governo sob sua direção manterá o compromisso com o Mapa do Caminho. Para isso, alertou, devem ser aceitas todas as fases do plano de paz proposto pelo Quarteto de Madri, formado por EUA, ONU, Rússia e União Européia.

O Mapa do Caminho prevê a criação de um Estado palestino, primeiro com fronteiras provisórias e, depois, com uma fase transitória até o acordo final estabelecendo e reconhecendo a existência de dois Estados na região: o de Israel e o da Palestina.

"Para continuar avançando no Mapa do Caminho, é imprescindível que as atividades terroristas palestinas acabem totalmente", disse o primeiro-ministro interino.

Olmert insistiu que seu país apóia o estabelecimento de um Estado palestino, mas disse que os palestinos só serão independentes "se forem capazes de acabar com os atentados contra Israel." Além disso, o primeiro-ministro interino fez uma clara advertência aos palestinos. "Se não cumprirem seus compromissos, nos preocuparemos com a garantia da segurança e os interesses de Israel por todos os meios", disse.

Ao falar sobre as eleições legislativas palestinas, que acontecem amanhã, Olmert expressou sua esperança de que o povo palestino "não eleja novamente os extremistas que o levaram à tragédia".

Ehud Olmert também prestou uma homenagem a Sharon. "A decisão de não sucumbir à realidade imediata, mas correr riscos por um futuro melhor" é o legado que Sharon deixa a Israel, afirmou.

O chefe de Governo interino, que pode vir a ser o candidato a premier do Kadima, partido de Sharon, nas eleições de março, classificou o Plano de Desligamento da Faixa de Gaza, executado pelo primeiro-ministro entre agosto e setembro de 2005, como um "ponto de inflexão para Israel".

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