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Hamas teme boicote do mundo e fim da ajuda internacional

O movimento extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições legislativas palestinas do dia 25, começou a manifestar seu temor de que ocorra um bloqueio generalizado da ajuda financeira que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) recebe de diversas fontes.Se ocorrer esse bloqueio, que Israel já começou a colocar em prática e que a União Européia está analisando, a situação nos territórios vinculados à ANP se tornará crítica.Da ajuda internacional, calculada em US$ 1 bilhão ao ano, depende, entre outras coisas, o pagamento do salário dos funcionários que integram a administração palestina e suas forças de segurança, no total cerca de 150 mil funcionários pagos diretamente com dinheiro público.Israel congelou hoje a transferência à ANP do dinheiro procedente dos impostos e das tarifas alfandegárias. Os acordos de Oslo de 1993, e seu correlato econômico, os pactos de Paris, estipulam as relações econômicas, comerciais e financeiras entre Israel e a ANP.Nesses acordos se estabelece que Israel transferirá à ANP os impostos que arrecada de trabalhadores palestinos e as taxas de alfândegas por produtos destinados aos territórios palestinos que entram através de portos israelenses.Nos dois próximos dias, o Ministério das Finanças israelense deveria transferir 200 milhões de shekels, mas uma fonte oficial disse que "o dinheiro não será transferido esta semana, embora isso possa ser feito no futuro", informou hoje o jornal Haaretz.Na entrevista coletiva concedida no domingo para dar as boas-vindas à chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, foi taxativo ao assinalar que o Governo "não tem a menor intenção de permitir transferências de fundos que serão usados para cometer atos terroristas.""Sob nenhuma circunstância permitiremos que esse dinheiro, que o Governo de Israel transfere, chegue às mãos de assassinos que estão
Hamas teme bloqueio de ajudas à Autoridade Palestina



O movimento extremista islâmico Hamas, vencedor das eleições legislativas palestinas do dia 25, começou a manifestar seu temor de que ocorra um bloqueio generalizado da ajuda financeira que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) recebe de diversas fontes.Se ocorrer esse bloqueio, que Israel já começou a colocar em prática e que a União Européia está analisando, a situação nos territórios vinculados à ANP se tornará crítica.Da ajuda internacional, calculada em US$ 1 bilhão ao ano, depende, entre outras coisas, o pagamento do salário dos funcionários que integram a administração palestina e suas forças de segurança, no total cerca de 150 mil funcionários pagos diretamente com dinheiro público.Israel congelou hoje a transferência à ANP do dinheiro procedente dos impostos e das tarifas alfandegárias. Os acordos de Oslo de 1993, e seu correlato econômico, os pactos de Paris, estipulam as relações econômicas, comerciais e financeiras entre Israel e a ANP.Nesses acordos se estabelece que Israel transferirá à ANP os impostos que arrecada de trabalhadores palestinos e as taxas de alfândegas por produtos destinados aos territórios palestinos que entram através de portos israelenses.Nos dois próximos dias, o Ministério das Finanças israelense deveria transferir 200 milhões de shekels, mas uma fonte oficial disse que "o dinheiro não será transferido esta semana, embora isso possa ser feito no futuro", informou hoje o jornal Haaretz.Na entrevista coletiva concedida no domingo para dar as boas-vindas à chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro interino de Israel, Ehud Olmert, foi taxativo ao assinalar que o Governo "não tem a menor intenção de permitir transferências de fundos que serão usados para cometer atos terroristas.""Sob nenhuma circunstância permitiremos que esse dinheiro, que o Governo de Israel transfere, chegue às mãos de assassinos que estão interessados na destruição de Israel", ressaltou Olmert.

Devido a essas circunstâncias, o cabeça de lista pelo Hamas nas eleições palestinas, Ismail Haniyeh, pediu hoje ao Quarteto de Madri (integrado por EUA, Rússia, UE e ONU) e aos outros doadores que não interrompam a ajuda financeira à ANP.Em entrevista coletiva em sua residência em Gaza, Haniyeh afirmou que a ajuda financeira será empregada no pagamento de salários, na infra-estrutura e em projetos humanitários para a população civil."Peço ao Quarteto que inicie um diálogo direto, sincero e sem condições prévias com o Hamas", declarou o dirigente islâmico."Pedimos ao mundo livre que respeite a decisão democrática dos palestinos e garantimos a aplicação de um programa de Governo claro com transparência financeira e sem corrupção", acrescentou Haniyeh.O cabeça de lista do Hamas também se referiu à reunião que os membros do Quarteto realizarão hoje em Londres para analisar seus próximos passos após a vitória do movimento islâmico nas eleições legislativas.Os dois assuntos mais espinhosos são se o Quarteto dialogará com um Governo palestino liderado pelo Hamas, organização considerada terrorista por EUA, UE e ONU, e se continuarão com as doações ao povo palestino.Israel pediu à comunidade internacional que não reconheça nem dialogue com o Hamas enquanto a organização não eliminar de sua carta de fundação o objetivo de destruir Israel e se afastar do terrorismo.Desde 1994, o braço armado do Hamas reivindicou pelo menos 49 atentados a bomba e suicidas no território reconhecido de Israel, em que morreram 391 israelenses e cidadãos estrangeiros.Após ganhar as eleições, alguns dirigentes do Hamas afirmaram que não deporiam as armas enquanto Israel não se retirar dos territórios ocupados, sem definir quais, já que a carta fundacional do movimento reivindica a totalidade da Palestina, que esteve sob a administração do Mandato britânico entre 1918 e 1948.Ao ser consultado sobre um possível diálogo com Israel, Haniyeh se mostrou evasivo e disse: "O Hamas expressou sua vontade de manter um diálogo aberto com o Quarteto.

Apesar de o Hamas ser considerado uma organização terrorista, alguns meios de comunicação ocidentais se mostram favoráveis a dar continuidade às ajudas à população palestina, já que o contrário poderia aproximar a ANP do Irã e de organizações como a Al-Qaeda.Para isso, a UE poderia usar organizações não-governamentais, em vez de entregar o dinheiro diretamente a um Governo da ANP dirigido pelo Hamas, afirmam os meios de comunicação.Por outro lado, a UEA UE está disposta a continuar financiando o "desenvolvimento econômico e institucional" da Palestina se o novo governo se comprometer na busca de uma solução "pacífica e negociada" ao conflito com Israel, segundo disse a ministra austríaca de Exteriores, Ursula Plassnik.Plassnik urgiu o movimento islâmico Hamas a "renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel" e apontou que a UE espera que o futuro Governo "esteja comprometido com a uma solução pacífica e negociada com Israel, baseado nos acordos existentes, o Mapa de Caminho, assim como o Estado de Direito"."Expressamos que sobre essa base a UE segue disposta a seguir apoiando o desenvolvimento econômico, democrático e institucional da Palestina", acrescentou Plassnik, atual presidente do Conselho da UE, ao fim da reunião dos ministros de Exteriores da UE.

Abbas se reunirá com líderes do Hamas em duas semanas.

O primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, revelou hoje que estuda reunir-se no prazo de duas semanas com os dirigentes do grupo islâmico Hamas para analisar a formação do novo Governo palestino, disseram fontes palestinas."Vou reunir-me com os líderes do Hamas para formar o próximo Governo e espero que não seja em mais de duas semanas", manifestou Abbas aos meios de comunicação concentrados na Muqata de Ramala, sede do Governo, após reunir-se com a chanceler alemã, Angela Merkel.

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