O Shabat do judeus progressistas
O Judaísmo Progressista enfatiza a natureza positiva do Shabat, para que o sétimo dia possa tornar-se uma experiência de renovação - um dia de santidade e de renovação espiritual. É a nossa oportunidade de escapar do corre-corre do dia a dia e tornar o Shabat um dia especial. São três os princípios básicos dessa observância:
1. Santificar o Shabat, em nossas casas e na sinagoga. A celebração de sexta-feira à noite em casa inclui o acendimento de velas e a recitação do Kiddush, além de outras orações e canções. Na sinagoga, as orações comunitárias e a leitura do trecho semanal da Torá santificam este dia especial.
2. Honrar o Shabat, que não deve ser tratado como um dia “secular”. Mesmo nossas roupas devem refletir o sentimento de um período sagrado. Muitas pessoas dedicam este período a atividades diferentes de seus afazeres de todo dia.
3. Aproveitar o Shabat. A tradição fala de três refeições especiais de Shabat. É bem possível que em tempos antigos três refeições por dia fossem algo excepcional, mas existem outras formas de aproveitar o Shabat com atividades prazeirosas. Este pode ser o dia perfeito para visitas a familiares e amigos.
O Shabat constitui uma parte essencial da observância judaica. Não é apenas o único dia festivo mencionado nos Dez Mandamentos, mas tem, sobretudo, feito parte da vivência comunitária judaica há gerações. Constitui uma oportunidade preciosa de separar-nos das complexidades comerciais e tecnológicas da vida moderna.
Em outras palavras, o Judeu Progressista é instado a frequentar os serviços de Shabat, celebrar este dia especial em sua casa, em torno da mesa de jantar, a encontrar-se com seus amigos, a ouvir a leitura da Torá e participar das discussões, a ler, a estar em contato com a natureza e a despedir-se do Shabat com a bela cerimônia da Havdalá.
Como escreveu o moderno poeta Ahad Ha’am: Mais do que Israel ter mantido o Shabat, foi o Shabat que manteve Israel”.